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Semas participa de simpósio sobre carbono e mudanças climáticas na Amazônia, em Belém

O evento acadêmico reuniu diversas setores como pesquisadores, professores, estudantes, profissionais de diferentes áreas, poder público e sociedade civil

Por Jamille Leão (SEMAS)
20/03/2025 16h46

A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) participou, nesta quinta-feira (20), do 1º Simpósio de Carbono da Amazônia (Simcarbo), na Universidade Federal do Pará (UFPA), em Belém. O evento é realizado também pela Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), com apoio do Governo do Pará.

A programação contou com a presença de pesquisadores, professores, estudantes e profissionais de diferentes áreas, em prol de uma temática em comum: soluções para uma agricultura sustentável, que sirva como mitigadora de carbono na Amazônia.

A mesa de abertura contou com a participação do secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará, Raul Protazio Romão, que iniciou a programação ao lado do reitor em exercício da UFRA, Jaime Viana de Souza; da professora Andreza Smith, representando o reitor da UFPA, o pró-reitor de pós-graduação da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), Denilson Costa; do presidente do IDEFLOR-Bio, Nilson de Oliveira; do procurador de contas do Ministério Público de Contas do Pará (MPC-Pa), Patrick Mesquita; do presidente do Simcarbo, Jorge de Azevedo; e da diretora do Instituto de Ciências Agrárias da UFRA, Gracialda Ferreira.

O evento busca realizar debates multidisciplinares, englobando diferentes atores, sejam eles pesquisa, ensino, poder público e privado, nas áreas ambiental, agrícola, pecuária, social, econômica e direito público, em prol do desenvolvimento sustentável da Amazônia, por meio de soluções conjuntas.

Durante a abertura, o secretário destacou a importância da realização de encontros que permitam a conexão entre diferentes setores da sociedade, enfatizando que "a agenda das mudanças climáticas, é cada vez mais relevante em todas as dimensões da vida humana", explicando que o processo de mitigação das mudanças climáticas não pode ser tratado isoladamente, sendo fundamental a colaboração entre sociedade civil, academia, setor público e privado.
 

Gracialda Ferreira, representando a comissão organizadora do simpósio, defendeu a importância do poder público na discussão. "Nós precisamos aproximar todas as instituições, a Semas e a IDEFLOR  têm um papel extremamente importante dentro do Estado, assim como os órgãos federais e as academias, potencializando e mostrando a ciência, envolver os alunos nesse processo, pessoas que estão sendo formadas e que vão nos ajudar com o enfrentamento às mudanças climáticas", enfatizou.

Compondo o primeiro painel do simpósio, o secretário da Semas abordou "O papel do Brasil e do Estado do Pará na COP 30". Ao lado da professora Andreza Smith, Raul destacou a importância de compreender o cenário atual das mudanças climáticas e o impacto da ação humana sobre o clima.

O secretário também enfatizou que as mudanças climáticas são um problema global que exige colaboração internacional, pois as "emissões de gases de efeito estufa desconhecem fronteiras nacionais". 

"As mudanças climáticas não são apenas uma questão ambiental, mas também uma questão geopolítica e econômica, uma vez que a economia global é profundamente influenciada pela emissão de gases e pela divisão de poder associada ao uso do petróleo. Para avançar, é fundamental lidar com as cinco principais fontes de emissões: energia, agropecuária, mudanças no uso da terra, indústria e resíduos. O desmatamento é um grande problema não apenas para as emissões, mas também para a biodiversidade", destacou o titular da pasta. 

A responsabilidade compartilhada, especialmente em relação à Amazônia, que tem uma participação significativa no desmatamento global, também foi enfatizada como um dos focos para a COP 30, reforçando a necessidade de um compromisso conjunto com a preservação ambiental e com a crise climática.

Larissa Bacelar é pesquisadora na área de produtos florestais não madeireiros na UFRA, e destacou a relevância da participação do poder público em eventos como esse: "na minha pesquisa, tenho monitorado as ações do governo em relação à produção de florestas, em relação a comunidades extrativistas, então, acompanhar a participação, por meio das iniciativas apresentadas que favorecem essa atividade, é muito importante visualizar e entender tanto para as minhas pesquisas, quanto para ver as iniciativas perante à sociedade civil".

A participação da secretaria encerra com o painel "O Papel do REDD+ nas Mudanças Climáticas", apresentado pela diretora de Mudanças Climáticas e Serviços Ambientais da Semas, Indara Aguilar, que vai apresentar a atuação do Estado na mitigação desse processo, na conservação ambiental e no fortalecimento das comunidades tradicionais.