Hospital Regional da Transamazônica orienta sobre prevenção a doenças renais
Referência em hemodiálise na Região de Integração Xingu, o HRPT realizou dois dias de atividades para conscientizar usuários da rede pública sobre cuidados com os rins
A equipe multidisciplinar do Serviço de Hemodiálise do Hospital Regional Público da Transamazônica (HRPT) foi às ruas do município de Altamira, na Região de Integração Xingu, nesta sexta-feira (14), para conscientizar a população sobre os cuidados com a saúde dos rins, distribuindo panfletos com orientações básicas. A programação preventiva foi realizada em dois dias.

A unidade é referência em hemodiálise para a população de municípios situados ao longo da Rodovia BR-230 (Transamazônica). Para ampliar a oferta de consultas especializadas, o HRPT firmou parceria com a Secretaria de Saúde do Município de Altamira (Sesma), que disponibilizou profissionais de saúde e o centro de eventos para a ação de quinta-feira (13).]
Cem usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) foram convocados para as consultas. Todos já passaram por acompanhamento em Unidades Básicas de Saúde (UBS) do município, e foram selecionados para o atendimento especializado.
“Nós selecionamos aqueles pacientes com fatores de risco. Alguns deles são hipertensos, diabéticos, obesos ou possuem histórico familiar de doenças renais. Aqui, eles passaram por exames simples, como teste de creatinina no sangue e o exame de urina. A parceria com o município de Altamira também ajudou com a oferta de testes rápidos das principais sorologias: HIV, Hepatite e Sífilis. Também aproveitamos o momento para realizar ações educativas com os acompanhantes daqueles pacientes, e orientamos sobre estilos de vida regulares para evitar problemas renais”, explicou Leonardo Rodrigues, médico nefrologista.

Diagnóstico precoce - A campanha nacional “Seus Rins estão Ok?” tem o apoio da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN). Neste ano, as ações visam reforçar a importância do diagnóstico precoce e o acesso ao tratamento da Doença Renal Crônica (DRC).
Dados do Ministério da Saúde apontam que aproximadamente 10% da população brasileira têm algum tipo de doença nos rins. Por isso, é fundamental conhecer as causas e os exames, já que nos estágios iniciais é comum não apresentar sintomas.

Ilma Cruz, 47 anos, com diabetes e hipertensão, foi uma das convocadas para a consulta especializada. Ela contou que, por conta dessas comorbidades, teve medo de um possível diagnóstico de doença renal crônica. “Graças a Deus foi muito tranquilo. O médico disse que meu resultado foi bom, mesmo sendo diabética e com pressão alta. Tenho muito a agradecer a toda a equipe pelo ótimo atendimento. Estão de parabéns, pois explicaram pra gente quais os melhores alimentos para ter uma vida saudável. Isso deixa a gente ciente sobre o nosso corpo, e ajuda a cuidar melhor da saúde”, disse Ilma, acompanhada pelo pai, Ivan..
Aos 80 anos, Enedina Leite também foi recomendada para a consulta. Mantendo uma alimentação equilibrada e fazendo exercícios físicos, ela também voltou para casa tranquila. “O médico do posto de saúde pediu para fazer alguns exames, mas disse que eu tinha que continuar retornando pra consulta. Chegando aqui, me disseram que estava tudo bem com a minha saúde. Me sinto bem, não sinto dor, faço caminhadas todos os dias. Também bebo bastante água todos os dias. Acho que quase três litros”, informou Enedina, moradora de Altamira.
Vida saudável - Acadêmicos de Medicina da Universidade Federal do Pará (UFPA) deram suporte ao atendimento. Após a consulta especializada, a equipe multidisciplinar - formada por psicólogas, nutricionistas e assistentes sociais -, orientou os usuários a adotar uma rotina de vida saudável. Das 100 pessoas convocadas, a maioria (61) participou da ação. Nove terão de fazer novas consultas com especialistas do HHPT. O acompanhamento médico desses pacientes será fundamental para evitar a necessidade de hemodiálise.
O Hospital Regional Público da Transamazônica pertence à rede de saúde do Governo do Pará. É gerenciado pelo Instituto Acqua, em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa).
Texto: Jonas Ribeiro - Ascom/HRPT