Pará recebe 476 mudas doadas para o Parque da Cidade
Entre as espécies doadas estão Mogno, Cacau, Pau-Brasil e Ipês Rosas e Brancos, que irão enriquecer a paisagem natural do parque
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A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) recebeu, nesta sexta-feira (28), no Parque da Cidade, em Belém, a doação de 476 mudas de diversas espécies florestais do programa Germoplasma, da Eletronorte, em Tucuruí. As espécies doadas são um dos legados deixados para a cidade de Belém através das metas estipuladas para a 30ª edição da Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP 30).
O secretário adjunto de Gestão e Regularidade Ambiental, Rodolpho Zahluth Bastos, destaca a importância da secretaria participar da ação em um dos principais locais que receberá a conferência climática e ficará como patrimônio para a população. “É uma grande satisfação estar recebendo essas mudas para o Parque da Cidade, tanto para embelezar quanto para enriquecer o espaço com ainda mais natureza", afirma.
Parque da Cidade – o espaço sediará parte da programação da 30ª edição da Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP 30), em novembro de 2025. O parque terá mais de 500 mil metros quadrados de obras construídas, além de uma área paisagística de 50 hectares. Esta é a maior obra de intervenção urbana em execução no Pará, localizada na Avenida Júlio César.
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“São espécies bastante diversificadas, com mais de 16 espécies diferentes, desde Mogno, Copaíba e Ipês, além de espécies frutíferas como Taperebá e Cacau. Sobretudo, a plantação de mudas de Pau-Brasil tem um simbolismo imenso para o Estado do Pará ao ser plantado aqui na cidade de Belém, no Parque da Cidade”, explica o secretário.
Além de sediar a programação da 30ª edição da Conferência sobre Mudanças Climáticas, que ocorrerá de 10 a 21 de novembro de 2025, durante o evento o local abrigará a “Zona Azul”, por onde transitarão os líderes mundiais e demais participantes da conferência. Após a COP, o Parque será entregue à população como um novo equipamento turístico, ocupando uma área de 500 mil metros quadrados.
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O engenheiro florestal do Programa Germoplasma, da Eletronorte, Carlos Magno, enfatiza que o programa condicionante da usina hidrelétrica de Tucuruí tem como objetivo preservar e conservar as espécies nativas da região amazônica.
“O programa coletou espécies florestais que seriam perdidas pelo processo de inundação. As sementes foram armazenadas e plantadas e hoje são árvores adultas que têm as sementes coletadas para produção de outras mudas. Assim, o DNA da floresta se mantém preservado através desse programa. Hoje trouxemos quase quinhentas mudas de essências florestais para o parque, que são espécies que vão se adaptar muito bem e atender à proposta do empreendimento”, finalizou Magno.
Texto: Vinicius Silva / Ascom Semas