Quatro pessoas são presas por crimes ambientais em Senador José Porfírio
Os suspeitos foram presos por usurpação de matéria-prima da União, associação criminosa e danos a áreas de preservação permanente
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A Delegacia Especializada em Conflitos Agrários e Crimes Ambientais (DECA) de Altamira, na Região de Integração do Xingu, deflagrou a Operação "Fool’s Gold" para coibir crimes ambientais e a exploração ilegal de garimpo na região do Assurini, em Senador José Porfírio, especificamente no Projeto de Assentamento Ressaca. Quatro suspeitos foram presos por usurpação de matéria-prima da União, associação criminosa e danos a áreas de preservação permanente.
A investigação iniciou após informações sobre extração de ouro irregular em um lugar conhecido como "Garimpo do Maranhão", realizada sem as devidas autorizações legais. Uma equipe composta por policiais civis da DECA, da 22ª Seccional Urbana de Altamira, peritos da Polícia Científica do Estado do Pará e agentes da Unidade K9 da Guarda Civil Municipal foi mobilizada para a ação.
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"No primeiro local encontramos um barraco utilizado como ponto de apoio para os garimpeiros. Um homem foi detido e com ele foram apreendidas uma espingarda calibre .28, munições deflagradas e intactas, uma motosserra e uma balança de precisão utilizada para a pesagem de ouro. O preso confirmou que havia sido contratado por uma pessoa, que seria o gerente do garimpo", explicou o delegado Wilson Silva, superintendente da região.
No acampamento também foram encontrados documentos do contratante e descobertas perfurações no solo com indícios de mineração. Uma draga estava sendo operada por uma pessoa, que também recebeu voz de prisão.
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Ao longo das incursões, os policiais localizaram diversos pontos de exploração ilegal de minérios. Alguns estavam desocupados, mas com sinais de uso recente. Em um dos pontos, foi achada uma bolsa com mais documentos.
Já em um terceiro local, um sujeito foi flagrado operando outra draga. Ele relatou ter sido contratado pela mesma pessoa que os demais haviam informado às autoridades.
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Diante da ausência de licenças ambientais e da confirmação de infrações, os quatro suspeitos foram conduzidos à delegacia para os procedimentos cabíveis. A soma das penas pelos crimes cometidos ultrapassam 10 anos de reclusão.