No Hospital Galileu, ação alerta usuários os sobre cuidados com a saúde durante o Carnaval
Usuários e colaboradores receberam informações sobre nutrição, medicação, uso excessivo de álcool, cuidados no trânsito e ISTs
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Assim como Carnaval acontece todos os anos, as ações de alerta aos cuidados com a saúde durante esse período da festa já são uma tradição no Hospital Público Estadual Galileu (HPEG), na Grande Belém. Neste mês de fevereiro, pacientes, acompanhantes e colaboradores abriram alas para que o 'bloco da prevenção' entrasse nas dependências da unidade para alertar sobre os cuidados necessários com a saúde durante o período carnavalesco que já se inicia em algumas cidades paraenses na próxima sexta-feira (28).
Colaboradores e acadêmicos de cursos de saúde foram até as enfermarias do HPGE para alertar sobre a importância de adotar métodos como forma de prevenção ao HIV/Aids e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), assim também como as consequências do excesso de álcool, de comidas com alto valor calórico e gorduras, e ainda, da importância de manter o corpo hidratado para aguentar a adrenalina e os dias de folia sem ter danos na saúde.
Alerta - A aluna de Biomedicina da Universidade Estadual do Pará (Uepa), Rebeca Dantas, destaca que a importância de se falar sobre cuidados no Carnaval é de que nessa época, há um aumento significativo no consumo de álcool, o que pode agravar problemas de saúde de quem está se recuperando ou em tratamento.
"Falamos com os pacientes internados, pois existe a possibilidade de alguns deles receberem alta nesse período. Não abordamos apenas as consequências do álcool no organismo, mas também da exposição a outros riscos, como: desidratação, a descontinuação dos tratamentos com os medicamentos e a exposição desprotegida a ISTs", ponderou.
A ação também foi pensada no bem-estar dos pacientes que devem permanecer no leito durante as festas. "Para algumas pessoas, o Carnaval é visto como uma época de diversão e entretenimento, o que pode fazer com que as que estão hospitalizadas sintam-se isoladas ou deprimidas, então, a ação em si ajuda não somente nas orientações, mas também como uma forma de descontrair e animar esses pacientes, como um suporte emocional", observou Rebeca.
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Participação - Fabiano Alves, de 33 anos, sofreu um acidente de cavalo e fraturou o fêmur. Há quase seis meses em tratamento no Hospital Galileu, ele tem a possibilidade de passar esse período de folia em casa. Mas, na unidade, já recebeu as devidas orientações. "Achei muito interessante essa ação em prol dos pacientes e da qualidade de vida. Foi explicativa e também nos ajuda a passar o tempo na unidade", disse o auxiliar administrativo.
Quem também aprovou o bloco da prevenção, foi o eletricista Geovane Santos, de 36 anos. Ele faz tratamento de uma osteomielite desde janeiro. Após uma cirurgia, já foi e voltou para a internação e no período do carnaval, ele não sabe se vai para casa, devido às suas condições de saúde. "Todas as vezes que estive aqui, não tenho o que me queixar. Essas ações, além de fazer as orientações de saúde, trazem alegria ao nosso coração para distrair e tirar as coisas ruins, como a ansiedade", parabenizou.
Humanização - Ações como essas, fazem parte das diretrizes da Política Nacional de Humanização (PNH), do Sistema Único de Saúde (SUS), onde coloca os pacientes como parte do seu tratamento, sendo responsável por seus atos e consequências.
"Nosso objetivo é promover a conscientização dos pacientes internados sobre os principais cuidados durante o Carnaval, garantindo que recebam informações sobre hidratação, alimentação saudável, medicação, repouso, prevenção de infecções, uso do protetor solar e segurança no trânsito, de forma rápida, leve e interativa", explicou Izabella Cavalcante, auxiliar de humanização.
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Serviço: O Hospital Galileu tem o perfil de média e alta complexidade e funciona como retaguarda cirúrgica para pacientes de traumas ortopédicos, além de atender usuários urológicos e da cirurgia torácica, sendo referência em reconstrução de traqueia.
A unidade tem 104 leitos de internação e o Serviço de Reconstrução e Alongamento Ósseo. O HPEG é público e administrado pelo Instituto de Saúde e Social e Ambiental da Amazônia – ISSAA, em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa).
Texto: Roberta Paraense