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CASO KARINA SANTOS

Polícia Civil e Científica fazem reprodução simulada que investiga morte de biomédica

A simulação contou com a participação de 12 policiais civis e 4 peritos criminais e foi realizada com base nas informações coletadas ao longo das investigações

Por Governo do Pará (SECOM)
19/02/2025 19h15

Nesta quarta-feira (19), a Polícia Civil, em parceria com a Polícia Científica do Pará, realizou o exame Pericial de Reprodução Simulada dos Fatos (RSF) do caso de Karina Santos, biomédica que faleceu em um veículo próximo à BR-316, entre os municípios de Ananindeua e Belém, em agosto de 2024. A simulação ocorreu no estacionamento do Estádio Olímpico do Pará - Jornalista Edgar Proença (Mangueirão).

O Delegado-Geral da Polícia Civil, Walter Resende, destacou o empenho da instituição em esclarecer o caso. “Estamos trabalhando com rigor técnico e união de esforços entre nossos profissionais para esclarecer esse caso complexo e fornecer respostas à sociedade e à família da vítima”, afirmou.

A ação, que ocorreu em dois horários, 17h e 19h, teve o objetivo reunir mais informações que contribuam para o esclarecimento das circunstâncias da morte, que segue em investigação sob sigilo pela Delegacia de Feminicídio, vinculada à Divisão Especializada no Atendimento à Mulher, em Belém. 

“A simulação é considerada essencial para a investigação de casos complexos e sensíveis como este, pois permite a reconstrução das circunstâncias do fato e contribui para o aprofundamento da análise das evidências”, ressalta a diretora de Atendimento a Grupos Vulneráveis, delegada Adriana Norat.

A simulação contou com a participação de 12 policiais civis e 4 peritos criminais e foi realizada com base nas informações coletadas ao longo das investigações, que seguem em andamento.

A Delegada Gabriela Andrade, titular da Delegacia de Feminicídios e responsável pelas investigações, destacou o trabalho contínuo desde o início do caso. “Desde o momento dos fatos, estamos empenhados em reunir todas as provas e informações possíveis para esclarecer a morte de Karina. Cada ação realizada, incluindo essa simulação, é parte do nosso esforço em resolver esse caso com rigor e precisão. Após os resultados da simulação, o caso segue com o devido andamento”, afirmou.

 Reprodução Simulada 

“O exame Pericial de Reprodução Simulada dos Fatos (RSF) consiste em reproduzir o evento ocorrido, considerando os depoimentos dos envolvidos, com objetivo de identificar as divergências das versões e correlacionar com os demais vestígios criminalísticos para conclusão da dinâmica do evento”, explica a perita criminal e diretora do Instituto de Criminalística da Polícia Científica do Pará, Isabela Barreto.

Segundo a perita, neste caso em específico, a equipe do Núcleo de Crimes contra a vida, que está à frente da realização do exame RSF, definiu a realização no estacionamento do Mangueirão, visto que o evento ocorreu no interior de um veículo que estava em movimento, em uma via de grande movimentação, e a realização em um local mais reservado não iria alterar os procedimentos e conclusão do mesmo, além de não interferir vias públicas, com o isolamento, para não causar trânsito.

O perito criminal e coordenador de Perícias Genéricas da Polícia Científica do Pará, Jadir Ataíde dos Santos, explica que o procedimento realizado vai comparar todas as versões apresentadas para chegar ao laudo.

"Primeiramente, o suspeito fez um relatório sobre o que teria acontecido e fizemos a encenação durante o dia para ter melhor visibilidade e entendimento do acontecido. Como o fato aconteceu a noite, também realizamos uma segunda reprodução, para confrontar com a versão descrita por ele mas a noite, para termos a mesma luminosidade no veículo. Vamos comparar essas duas versões, também com a versão do depoimento que ele deu para a Polícia Civil, e comparar com laudos periciais feitos no veículo e no corpo da Karina", complementa. 

No procedimento foram utilizados o veículo onde o fato ocorreu, drones, câmeras para captação do que ocorreu do lado de fora do veículo e uma policial civil interpretou a vítima.

Texto: Bruna Ribeiro (PC) e Monique Leão (PCE)