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FORMAÇÃO

Pacto pela Educação capacita professores para atender alunos com dislexia

Por Redação - Agência PA (SECOM)
28/09/2015 12h35

A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) intensifica a formação de professores para atendimento a estudantes com dislexia nas escolas públicas. A medida integra as ações do Pacto pela Educação do Pará, que envolvem o governo do Estado, prefeituras municipais, instituições e empresas. A formação, intitulada “Todos Aprendem”, é resultado de uma parceria entre a Seduc e o Instituto ABCD e se destina a professores das séries iniciais do Ensino Fundamental de escolas públicas estaduais e municipais.

A dislexia é um distúrbio ou transtorno de aprendizagem na área da leitura, escrita e soletração. Mas nada tem a ver com déficit do coeficiente de inteligência. Ao contrário, estas pessoas podem ter uma inteligência superior à média. De acordo com a Associação Brasileira de Dislexia (ABD), os principais sinais do problema são: leitura lenta e segmentada, fluência na leitura comprometida, cansaço extremo ao ler e falta de interesse por livros, inversões de palavras, perda de linhas no texto, desfocamento, sonolência, irritabilidade, distração, dificuldade em copiar textos da lousa, bom desempenho nas provas orais e outros. Nesse processo, a dislexia é entendida como algo que faz parte dos casos que implicam em transtornos funcionais específicos.

Segundo a coordenadora de Educação Especial  (Coees) da Seduc, Kamilla Vallinoto, no ano passado 500 professores de 1ª a 3ª séries do Ensino Fundamental da Região Metropolitana de Belém participaram da capacitação. Em 2015, outros 170 foram capacitados. ”Este ano, além de formação teórica, haverá atividades práticas em sala de aula”, observou.

Também já participaram da formação professores de escolas de três municípios-piloto do Pacto pela Educação do Pará: Ulianópolis, Moju e Tailândia. Os próximos a serem beneficiados serão os docentes de Paragominas.

Diálogo

No dia 24 deste mês, a Coees promoveu a formação “Diálogo Aberto: Dislexia em foco”, em parceria com a Diretoria de Educação Infantil e Ensino Fundamental (Deinf), no Centro Integrado de Inclusão e Cidadania (CIIC), na capital. O evento integrou a programação da “Semana Nacional de Dislexia: Transformação”, promovida pelo Instituto ABCD em todo País. “Esta ação de conscientização e sensibilização envolveu 100 professores do Atendimento Educacional Especializado (AEE) do município de Belém, que fazem a ponte com os professores das escolas regulares”, salientou Kamilla.

O aluno disléxico não está inserido no Atendimento Educacional Especializado (AEE). Todavia, nos casos que implicam em transtornos funcionais específicos - onde estão inseridos a dislexia, disortografia, disgrafia, discalculia, transtorno de atenção e hiperatividade, entre outros -  a Coees atua de forma articulada com o ensino comum, orientando para o atendimento às necessidades educacionais especiais desses alunos.

A Coees recebe encaminhamentos das escolas da rede pública e particulares para avaliações pedagógicas referentes às dificuldades na leitura, escrita matemática e oralidade. “Caso o aluno apresente alguma dificuldade em uma dessas áreas, a equipe assiste a escola com estratégicas pedagógicas para amenizar as dificuldades desse estudante em sala de aula e também orienta a família para que procure outros profissionais da área clínica (como neurologistas, oftalmos e otorrinos) e, assim, feche um possível diagnóstico”, destacou Kamilla Vallinoto.

Os professores recebem orientações no sentido de evitar que o aluno tenha que ler em voz alta na sala de aula; para que o conteúdo programático seja dado de forma clara e objetiva, usando exemplos e situações práticas durante toda a aula; e para que, durante as provas, procedam à leitura das questões de forma a torná-las claras, facilitando a compreensão e oferecendo mais tempo para a sua realização.