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Cosanpa destaca o protagonismo feminino na Engenharia

No Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, engenheiras celebram o avanço da igualdade de gênero na pesquisa e inovação.

Por Flávia Araújo (COSANPA)
11/02/2025 14h23

Na Diretoria de Expansão e Tecnologia (DET) da Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa), as mulheres são maioria. Elas representam mais de 60% do quadro de engenheiros desse setor estratégico, refletindo um avanço significativo na participação feminina em áreas historicamente dominadas por homens. Neste contexto, o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, celebrado nesta terça-feira (11), torna-se ainda mais simbólico. Instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU), a data tem o propósito de conscientizar a sociedade sobre a importância de promover a igualdade de gênero no campo científico e tecnológico.

Na Cosanpa, as engenheiras não apenas ocupam cargos estratégicos, mas também contribuem ativamente para o desenvolvimento de pesquisas e soluções inovadoras no setor de Saneamento. Thaize Cravo, engenheira sanitarista da Companhia, apresentou um artigo no Congresso Nacional de Engenharia Sanitária de 2023, abordando a caracterização dos resíduos sólidos gerados na empresa. O estudo, além de atender às exigências legais, resultou na criação de um Plano de Gerenciamento desses resíduos.

“Hoje a gente tem um Plano de Gerenciamento a partir de uma oportunidade que a empresa me deu. Agora, estou fazendo Mestrado elaborando um diagnóstico do Sistema de Abastecimento do 10º setor, para obter dados técnico-científicos e assim subsidiar projetos para melhorar o fornecimento de água na região que atualmente tem um déficit”, reforçou a engenheira sanitarista.

A engenheira Layla Gomes, gerente da Unidade de Meio Ambiente da Cosanpa, reforça a importância da pesquisa para o avanço da Engenharia Sanitária. Além do Mestrado, ela já publicou artigos e elaborou notas técnicas internas na Cosanpa. “Quanto mais a gente escreve, mais cresce a vontade de descobrir algo novo. A publicação de artigos, estudos e pesquisas nos impulsiona nesse caminho. Temos um ambiente que favorece a pesquisa e o desenvolvimento de estudos voltados para a melhoria do Saneamento”, destaca.

Outra profissional que se destaca é Susan Alves, que atualmente trabalha na fiscalização da Estação de Tratamento de Esgoto do Una, uma obra essencial para o saneamento de Belém. Engenheira sanitarista e mestranda, para ela, o protagonismo das mulheres na Engenharia deve servir de inspiração para futuras gerações.

“Inspirar outras mulheres, novas estudantes, é o principal ponto. Muitas engenheiras antes de nós, dedicaram suas vidas e seu trabalho para que o setor avançasse. Passou da hora das mulheres terem esse reconhecimento. Ainda quero mais, tenho sede de ver minhas filhas e outras mulheres no lugar que merecem ocupar”, declara Susan.

Política de gênero - A Cosanpa, através do Projeto de Desenvolvimento de Saneamento do Pará (Prodesan Pará), tem realizado diversas ações voltadas para o cumprimento do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU), que busca alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas. Neste ano, a Companhia implantará internamente a Política de Gênero, que tem por objetivo erradicar assimetrias decorrentes das desigualdades entre gêneros e promover um ambiente de trabalho seguro e livre de violências e discriminações baseada no gênero, além de promover ações que impulsionam a liderança feminina.

Representatividade - A presença feminina na Engenharia ainda enfrenta desafios. De acordo com a Unesco, apenas 33,3% dos pesquisadores no mundo são mulheres, e elas representam apenas 35% dos estudantes das áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática. Esses números evidenciam a necessidade de mais políticas de incentivo e reconhecimento para que a representatividade feminina cresça nesses espaços.