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DOENÇA DE CHAGAS

Pará registra redução nos casos de doença de Chagas em 2024

Além da redução anual, os dados preliminares de janeiro de 2025 também indicam uma queda de 48% em relação ao ano anterior_

Por Giullianne Dias (SESPA)
10/02/2025 20h04

O Pará registrou uma redução nos casos de doença de Chagas em 2024, com 475 confirmações ao longo do ano, uma queda de 11% em relação a 2023, quando 539 casos foram contabilizados. Os números foram divulgados pela Coordenação Estadual da Doença de Chagas da Sespa.

Os cinco municípios com maior incidência em 2024 foram: Abaetetuba (55), Breves (45), Cametá (41), Curralinho (41) e Barcarena (39).

O coordenador estadual de combate à doença de Chagas, Eder Monteiro, destacou que a redução reflete o esforço conjunto entre Estado, municípios e setores produtivos, mas reforçou a necessidade de manter a vigilância. “A queda nos casos mostra que estamos no caminho certo, mas é fundamental seguir com as ações para garantir diagnóstico precoce e tratamento adequado”, afirmou.

Redução em 2025 – Dados preliminares apontam que em janeiro de 2025, foram registrados 13 casos, uma redução de 48% em comparação ao mesmo período de 2024 (25 casos).

Apesar da queda, a Sespa reforça a importância dos cuidados para evitar novos registros. Além das ações estaduais e das medidas adotadas pelos setores envolvidos na produção do açaí, a população deve buscar estabelecimentos certificados pela Vigilância Sanitária e adotar precauções, como evitar contato com o inseto barbeiro e acionar a Vigilância Sanitária ao identificá-lo.

O consumo de açaí, parte essencial da cultura alimentar paraense, não precisa ser interrompido, mas é fundamental garantir que o produto seja adquirido de locais que sigam boas práticas de higiene.

Transmissão e sintomas

A doença de Chagas é causada pelo parasito Trypanosoma cruzi e pode ser transmitida de duas formas principais:
1. Transmissão Vetorial – ocorre quando o inseto barbeiro infectado pica uma pessoa e deposita fezes contaminadas, permitindo a entrada do parasito na corrente sanguínea.
2. Transmissão oral – ocorre pela ingestão de alimentos contaminados com as fezes do Trypanosoma cruzi, principalmente devido à falta de controle de higiene no processamento.

Na fase aguda, a doença de Chagas pode causar febre, cansaço, inchaço no rosto e membros, palpitações e falta de ar. Como os sintomas podem ser confundidos com outras doenças, é essencial buscar atendimento médico imediato.

Além da contaminação em pontos comerciais, há registros de transmissão doméstica, especialmente em regiões rurais onde o açaí é processado para consumo familiar sem os devidos cuidados. A Sespa reforça a importância da higienização adequada do fruto, tanto para produtores comerciais quanto para quem prepara em casa.

Prevenção e controle - A Sespa segue reforçando as ações de vigilância, monitoramento e educação em saúde para reduzir ainda mais os casos da doença no estado. O diagnóstico precoce é essencial, pois quanto mais tempo leva para o paciente iniciar o tratamento, maiores são os danos que o Trypanosoma cruzi pode causar no organismo, principalmente no coração e no sistema digestivo.

As principais medidas de prevenção incluem o monitoramento dos municípios mais vulneráveis, a análise dos casos registrados no Sinan e a supervisão da vigilância epidemiológica, além da realização de reuniões técnicas com profissionais de saúde.

Texto: Bianca Botelho - Ascom Sespa