Segup promove qualificação para servidores e rede de proteção a grupo vulneráveis
O objetivo é explicar conceitos que desmistificam preconceitos cristalizados em palavras ofensivas, atitudes excludentes e posicionamentos discriminatórios
A Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), por meio da Diretoria de Políticas de Segurança Pública e Prevenção Social (DPS), promoveu na manhã desta sexta-feira (31), para cerca de 30 servidores da instituição, capacitação sobre a temática “Fortalecimento a Rede de Proteção aos Grupos Vulneráveis - letramentos para a cidadania LGBTQIA+, POTMA e Pessoas com Deficiência”. A iniciativa foi realizada no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), na sede da Segup, em Belém.
A qualificação tem o principal objetivo de introduzir e explicar conceitos fundamentais, que desmistificam os preconceitos originados por palavras ofensivas, atitudes excludentes e posicionamentos discriminatórios. Além disso, busca demonstrar como, de forma coletiva, todos podem contribuir para a criação de um ambiente mais seguro e inclusivo.
“A ideia desta capacitação a todos os servidores da Segup, juntamente à DPS, é qualificar a equipe a receber esses grupos vulneráveis para desenvolver políticas públicas através dos comitês que aqui temos, e assim estar mais aptos a promover a igualdade e fortalecer nossas relações comunitárias”, explicou a delegada Ariane Melo, diretora da DPS.
Cidadania - A primeira palestra da manhã, ministrada por Beto Paes, representante do Movimento LGBTQIA+, abordou o tema “Letramento para cidadania LGBTQIA+”, enfatizando conceitos e diferenças entre gênero, orientação sexual, expressão de gênero e sexo biológico. “É importantíssimo fazermos o processo de acolher essas pessoas que se encontram dentro desses grupos vulneráveis, que muitas vezes chegam às delegacias ou ao serviço de segurança extremamente fragilizadas por terem seus direitos violados, sendo extremamente importante que, através desses momentos, as pessoas que trabalham no sistema de segurança possam se sensibilizar em fornecer um atendimento cada vez mais humanizado”, disse Beto Paes.
Outras oficinas realizadas durante a manhã contaram com a participação da advogada Gisele Costa, membro da Comissão de Implementação de Políticas de Inclusão da Universidade Federal Rural da Amazônica (Ufra), que abordou o “Letramento para a o fortalecimento da Rede de Proteção e Inclusão para pessoas com deficiência”, destacando termos e atitudes ofensivas, como a negligência em relação à acessibilidade a espaços públicos e as falas pejorativas que precisam ser eliminadas do vocabulário.
Combate à intolerância - Em seguida, a qualificação contou com a contribuição de Adenilson de Abreu, representante dos Povos Tradicionais de Matriz Africana (POTMA), discutindo a importância de combater estigmas e todas as formas de intolerância, fortalecendo o acolhimento, a partir da temática “Letramento Racial para cidadania dos POTMA, no enfrentamento ao racismo religioso e institucional”.
Presente na Palestra, a servidora Paula Carvalho falou sobre a experiência em participar da programação. “Momentos como esse são de suma importância para que através de ações internas, possamos trabalhar a prevenção de todo e qualquer grupo que se encontre em situação de vulnerabilidade, e assim desmistificar que a segurança seja atribuída apenas a opressão, para que juntos, possamos nos sensibilizar e entender como podemos reduzir os índices de violência contra essas pessoas”.
Texto: Rubens Alves, sob supervisão de Roberta Meireles - Ascom/Segup