Museu do Marajó completa três anos de reabertura e ganhará sala de cinema
O espaço passa por adaptações e qualificação para receber a primeira sala de cinema da região
Após três anos da reabertura do Museu do Marajó, integralmente reformado pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult), o espaço ganhará uma sala de cinema. Fundado pelo padre Giovanni Gallo, o museu é um importante equipamento de salvaguarda da cultura marajoara. As adaptações já começaram e estão sendo viabilizadas com recursos da Lei Paulo Gustavo (LPG), permitindo a qualificação de mais três espaços de fruição do audiovisual nos equipamentos da Secult.
A nova sala de exibição terá 105 m², capacidade para 55 pessoas, uma tela de 130 polegadas e ar-condicionado, garantindo conforto e qualidade para atividades culturais e educativas na região. O investimento de R$ 3.740.373,42, executado pela Secult, também viabilizará a adaptação e qualificação de salas de cinema na Estação Cultural de Icoaraci, no Museu de Arte Sacra e no auditório Eneida de Moraes, no Palacete Faciola, em Belém.
No Museu do Marajó, além da exibição de filmes, a sala será um espaço para palestras, cursos e oficinas, fortalecendo o acesso ao conhecimento e às demais atividades do segmento audiovisual. O projeto foi apresentado à Associação do Museu do Marajó pela equipe da Secult durante uma reunião de alinhamento.
“O Museu do Marajó é um equipamento cultural importantíssimo para o nosso Estado na salvaguarda da história e das tradições, práticas, crenças, e saberes e fazeres culturais do Marajó. Ficamos muito felizes por entregar a reforma três anos atrás, por conseguir manter o museu vivo, em pleno funcionamento, e, especialmente, por trazer mais um instrumento de cidadania cultural. A sala de cinema com certeza será um grande ganho para toda a comunidade e região”, afirma a secretária de Estado de Cultura, Ursula Vidal.
A reestruturação, entregue pelo Governo em 2022, possibilitou a continuidade das atividades do museu. Neste primeiro ano, o espaço recebeu aproximadamente 10.000 visitas e atendeu 43 escolas da zona urbana e rural de Cachoeira do Arari, recepcionando, inclusive, estudantes dos campi da UFPA, Uepa e EETEPA dos municípios de Salvaterra e Soure. Em 2024, foram cerca de 7.000 visitantes.
“Nosso museu, após a reforma e revitalização, ficou ainda mais exuberante e com as condições necessárias para receber bem quem o visita. Seu novo formato manteve suas peculiaridades, mas também agregou mais conforto e qualidade, características essenciais para um grande museu”, destaca o prefeito de Cachoeira do Arari, Jaime Barbosa.
A intervenção também garantiu a salvaguarda das centenas de peças colecionadas pelo fundador do museu, padre Giovanni Gallo, que contam a história do homem, da fauna e da flora marajoara.
Para a vice-presidente da Associação do Museu do Marajó, Zezé Gama, a reestruturação do equipamento foi fundamental não apenas para sua preservação, mas também para o reconhecimento da instituição museológica. “O Museu do Marajó, com a reforma, ganhou uma cara diferente. Agora, podemos contar com o apoio do Governo do Estado, que tem sido primordial para dar continuidade ao trabalho realizado pelo padre Giovanni Gallo, cujo objetivo sempre foi transformar o Museu do Marajó em um polo de desenvolvimento cultural do arquipélago. Isso já pode ser sentido na prática, pois hoje somos procurados por vários museus interessados em levar um pouco do Marajó para seus acervos”, afirma.
“Nós temos muitas expectativas para a nova sala de cinema. Estamos muito ansiosos, porque será mais uma forma de resgatar uma parte da cultura que está adormecida. Além disso, essa sala será utilizada para outras finalidades. Ela fortalece o cinema e o audiovisual, mas também abre um leque de possibilidades, como, por exemplo, o teatro. Há artistas e professores da região muito satisfeitos e esperançosos para que isso aconteça logo, confiantes de que dias melhores virão”, conclui a vice-presidente.
O Museu do Marajó, localizado no município de Cachoeira do Arari, está aberto para visitação de terça a quinta-feira, das 9h às 14h, e de sexta a domingo, das 9h às 17h.
Texto: Juliana Amaral - Ascom/Secult