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CULTURA AMAZÔNICA

Biblioteca Pública Arthur Vianna valoriza a criatividade das histórias em quadrinhos

Promovida pela Fundação Cultural do Pará, a programação alusiva ao Dia Nacional do Quadrinhos inclui ainda exposição sobre o tema, que pode ser visitada até 28 de fevereiro

Por Aycha Nunes (FCP)
30/01/2025 19h34

Em alusão ao Dia Nacional do Quadrinho - 30 de Janeiro, a Fundação Cultural do Pará (FCP) promoveu nesta quinta-feira (30) atividades relacionadas ao tema na Biblioteca Pública Arthur Vianna (BPAV), no prédio do Centur. Ao longo do dia, o espaço recebeu crianças, jovens e adultos, que expressaram a paixão pelo universo das histórias em quadrinhos.

O evento despertou o interesse de crianças, jovens e adultos

Uma das programações realizadas foi a “Oficina de Tirinha”. A quadrinista Maiara Malato, apesar de já trabalhar com ilustrações, foi uma das participantes. Segundo ela, atividades como a promovida pela FCP são oportunidades para trocar experiências.

“Eu acho importante observar como outras pessoas fazem quadrinhos, porque o método muda de pessoa para pessoa. Sempre que tem alguma oficina de quadrinhos pelo Centur, ou pelo Curro Velho, eu costumo ir”, informou Maiara.

Oficina de Tirinha: aprendizado

Valéria Aranha, instrutora da oficina, ressaltou a importância de ter espaços que cultivem a criatividade em quadrinhos. “É muito importante valorizarmos a produção local e incentivar, também. Isso fomenta muito a cultura local dos quadrinhos, porque eles se juntam, criam coletivos e muitas vezes eles se encontram nessas oficinas aqui dentro do Centur. Muitas publicações que tem na Gibiteca nasceram de pessoas que se conheceram dentro de oficinas no Centur, Curro Velho ou na Casa da Linguagem, e formaram coletivos depois disso. Eu acho muito importante manter essa cultura”, disse a instrutora.

Encontro - O dia encerrou com o “Encontro de Quadrinistas: Bate Papo Sobre Eventos de Quadrinho na Amazônia e Apresentação do Circuito Norte de Quadrinhos”, que reuniu diversos artistas, quadrinistas, ilustradores, livreiros, colecionadores e entusiastas da cultura de histórias em quadrinhos.

O quadrinista Ricardo Harada Ono, que lançou recentemente a história em quadrinhos “Saburo”, esteve entre os participantes. “Hoje é o Dia do Quadrinho Nacional, e dentro desse quesito do nacional existe a União dos Quadrinistas Nacionais, que fortalece todo tipo de produção. O Norte, agora, está se fortalecendo. Nós temos, aqui no Pará, um nicho de criativos. Temos muitas pessoas de extremo talento e grande criatividade. A minha expectativa é justamente entrar em contato com essas pessoas para trocar ideias”, contou Ricardo Ono.

Exposição sobre produção em quadrinhos, no 3º andar da FCP

Circuito Norte - O bate-papo entre quadrinistas e admiradores da arte foi mediado por Andrei Miralha e Tai Silva. A dupla de artistas conduziu a conversa sobre a produção de quadrinho na Amazônia e a expectativa pela programação do Circuito Norte de Quadrinhos.

“A Fundação Cultural do Pará tem um espaço muito interessante, que é a gibiteca, e dentro dele tem quadrinhos sobre a Amazônia e vários quadrinhos antigos. A partir da gibiteca é que surgem esses eventos ligados ao quadrinho. Além disso, a Fundação promove oficinas de quadrinhos na Casa da Linguagem, no Curro Velho e aqui mesmo, no Centur. Termos eventos como o que está ocorrendo hoje é muito importante, pois este momento de conversa agrega essa galera que está iniciando no quadrinho, e que depois estará aí produzindo profissionalmente para o mercado”, enfatizou Andrei Miralha.

Andrei Miralha e Tai Silva conduziram o bate-papo com os quadrinistas

A artista visual, Tai Silva destacou a importância da existência de um espaço de diálogo para falar sobre a valorização dos quadrinistas paraenses. Segundo ela, “a gente consegue fazer essa aproximação da Fundação com os quadrinistas que fazem a produção de quadrinhos locais, e com o público em geral. Programações como esta são muito interessantes”.

“Nosso objetivo com o encontro é também falar sobre o Circuito Norte de Quadrinhos, que ocorrerá em abril na sede da Fundação Cultural do Pará, e que vem também para reforçar a ideia de valorizar as produções nortistas, pois muita gente não conhece a longa história que o Pará tem com a produção de quadrinhos, especialmente a partir dos anos 1990”, acrescentou Tai Silva.

Ricardo Harada Ono participou do encontro

Exposição - A Fundação Cultural também abriu a exposição “Breve História do Quadrinho Paraense”. As obras seguirão expostas até 28 de fevereiro, no 3º andar da FCP, de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h. A exposição mostra a produção de histórias em quadrinhos em Belém dos anos 1970 até a atualidade.

Jorge Ramos, um dos organizadores, disse que a exposição sempre estará em construção. “Essa é uma exposição que vem sendo composta já há algum tempo, que fala do percurso do quadrinho paraense, passando por diversas publicações, alguns marcos, que foram importantes em determinados períodos e atualmente. É um breve conto do que aconteceu”, informou Jorge Ramos. (Colaboração da estagiária Jhullyele Santos - Ascom/FCP)