Mangal das Garças completa 20 anos preservando a biodiversidade amazônica
Crianças e adultos cantaram o tradicional 'parabéns', visitaram gratuitamente todos os espaços e participaram de atividades sobre educação ambiental
Bolo para festejar os 20 anos de um dos espaços mais visitados da capital paraense Uma programação repleta de atividades de educação ambiental marcou as comemorações pelos 20 anos do Parque Mangal das Garças, em Belém, na manhã do último domingo (12). Muitas famílias estiveram no espaço, visitando gratuitamente todas as atrações do Mangal, e participaram do momento festivo, com direito a bolo.
Tudo começou com o plantio de duas mudas de samaumeira, retiradas antes da queda da árvore da mesma espécie que por décadas embelezou a Praça Santuário de Nazaré, em frente à Basílica. A ação foi realizada em parceria com a ONG Asflora.
Atividades educativasManuela Sodré, uma das visitantes, disse que gosta de assuntos relacionados ao meio ambiente, por isso levou a família ao Parque. “Nós somos de Belém, mas atualmente moramos em Cametá (Região de Integração Tocantins). Viemos revisitar o Parque e fomos surpreendidos com essa programação de aniversário, que está muito legal. O lugar é bem cuidado, com muitas paisagens bonitas. Inclusive, eu tirei muitas fotos aqui. Todos os funcionários do Parque são muito simpáticos. É um espaço bem legal para trazer crianças, para fazer um programa em família, porque ele é bem amplo, é cheio de bichos. Dá para ter muito conhecimento sobre a fauna e flora local. Meus irmãos adoraram, ajudaram no plantio da samaúma e participaram de toda a programação”, contou Manuela.
Interação com animais - O “Momento Ecozoo” foi um dos mais apreciados pelo público, quando a equipe técnica do Mangal apresentou um guará e permitiu que os visitantes interagissem com o animal e esclarecessem dúvidas sobre a biologia e modo de vida da ave. Outro momento aprovado pelos visitantes foi a demonstração de treinamento em falcoaria com o gavião Alba. A ave de rapina voou em meio aos participantes, que também receberam informações e garantiram registros fotográficos.
Fernanda Correia levou o filho, Ícaro Henrique, 7 anos, para um passeio no Parque, e ambos assistiram aos voos do gavião Alba. “Eu sempre gosto de trazer meu filho para que ele tenha contato com a natureza. Ele amou ver um gavião de perto, participou, fez perguntas e tirou foto com a ave. Estamos completamente encantados”, disse Fernanda.
Parabéns! - Em um momento especial, o público foi convidado a cantar "parabéns' ao Mangal, no Armazém do Tempo. Após a partilha do bolo, as crianças participaram de uma oficina de confecção de garça de papel e vaso reciclável, dentro do Projeto Ecoarte.
Amanda Valente, 6 anos, participou na companhia dos pais, Alexandre e Luana Valente, e da irmã mais nova, Ana Luísa, 2 anos. “Eu já sempre peço aos meus pais para me trazerem aqui no Mangal porque eu gosto de ver os bichos. Hoje, eu gostei muito de fazer uma garça de papel e de pintar ela, e também gostei de fazer meu vasinho de planta”, contou Amanda.
Abelhas nativas - Além de informados sobre o modo de vida e observar as colmeias, os visitantes provaram o mel produzido por abelhas nativas. Desde 2022, o Mangal das Garças desenvolve um projeto de criação de abelhas nativas sem ferrão, cujo objetivo é destacar a importância dessa espécie para o meio ambiente.Família Valente aproveitou o domingo em dupla comemoração: do Mangal e da cidade de Belém
Após a programação, os visitantes usufruíram gratuitamente da reserva José Márcio Ayres (borboletário), do Memorial Amazônico da Navegação e do Farol de Belém, espaços que normalmente são monitorados, e para os quais é cobrada taxa para visitação.
Sob a administração da Organização Social Pará 2000, por meio de contrato de gestão com a Secretaria de Estado de Turismo (Setur), o Mangal das Garças foi entregue como um presente à capital paraense em 2005, quando Belém completou 389 anos de fundação. O local se tornou um dos pontos turísticos mais visitados da cidade. Somente em 2024, o Parque recebeu cerca de 350 mil visitantes.Plantio de samaumeira
O Mangal dispõe de variada biodiversidade, onde aves, quelônios, répteis e borboletas convivem em um ambiente natural de 40 mil metros quadrados, cercado de lagos, vegetação típica e banhado pelo Rio Guamá.
Texto: Beatriz Santos - Ascom/OS Pará 2000