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EDUCAÇÃO E MEIO AMBIENTE

Escola estadual de Irituia envolve estudantes em ações sustentáveis com foco na preservação do meio ambiente

Unindo Educação Ambiental e Química, o projeto de fabricação de sabão caseiro estimulou o pensamento crítico acerca das questões ambientais dentro e fora do ambiente escolar

Por Fernanda Cavalcante (SEDUC)
13/01/2025 14h31

Para envolver a comunidade escolar em ações sustentáveis, a Escola Estadual Professora Maria da Conceição Malheiro, localizada no município de Irituia, na Região de Integração do Rio Capim, criou o projeto "Fabricação de sabão caseiro: sustentabilidade e educação ambiental no espaço escolar", que promove a sensibilização ambiental e a prática da reciclagem a partir do óleo de cozinha usado.

Unindo Educação Ambiental e Química, o projeto envolveu estudantes da 2ª série do Ensino Médio e levou ao espaço escolar discussões, debates e práticas sobre uso consciente de resíduos de óleo de cozinha e o descarte do material visando desenvolver uma cultura de cuidado com o meio ambiente, além de contribuir com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU).

“O projeto traz como proposta utilizar o espaço escolar como um laboratório de aprendizagem e conscientização ambiental, envolvendo alunos, professores e a comunidade no reaproveitamento do óleo de cozinha para fabricar sabão caseiro. Além de promover a sustentabilidade, a iniciativa visa estimular a criatividade, o trabalho em equipe e a compreensão de conceitos científicos relacionados ao meio ambiente e a química, unindo a teoria e a prática nas aulas de Educação Ambiental”, afirmou a professora Cinthia Rodrigues, uma das orientadoras da iniciativa.

Ainda segundo a educadora, o projeto agrega muito os conhecimentos dos estudantes e os torna indivíduos conscientes. “Um dos principais resultados desse projeto é a união da teoria e prática, o que nitidamente aumenta a conscientização ambiental. Isso representa um importante passo para os alunos, mostrando que cada ação individual pode impactar positivamente no combate às mudanças climáticas. Ao promover a conscientização, a coleta responsável e o reaproveitamento, a escola torna-se um exemplo de sustentabilidade para a comunidade, incentivando a preservação do meio ambiente e a criação de soluções para o descarte adequado do óleo de cozinha. Além disso, o projeto prepara os alunos para serem agentes de mudança, protagonistas capazes de promover atitudes sustentáveis em suas vidas futuras”, frisou a professora Cinthia.

Para a estudante da 2ª série do Ensino Médio, Ana Clara de Oliveira, a experiência trouxe muito aprendizado. “A experiência foi muito legal porque a gente pôde aprender fazendo, botando a mão na massa, tendo a explicação e a ajuda dos professores. No projeto pude aprender a importância de não descartar o óleo de qualquer jeito e que é possível reutilizá-lo. Gostei muito da experiência pois foi algo divertido e que trouxe um grande aprendizado para todos nós”, afirmou.

O estudante Alexandre Monteiro, também da 2ª série do Ensino Médio, destacou a importância do componente curricular de Educação Ambiental e do projeto de sabão ecológico. “As aulas de Educação Ambiental nos ajudam a desenvolver um pensamento crítico sobre as problemáticas em relação ao meio ambiente na sociedade contemporânea. E, durante as aulas que tivemos nessa disciplina, pudemos aprender de forma dinâmica. Eu achei muito interessante porque fugiu daquele ensino tradicional e despertou em nós uma interação, nós dividimos conhecimento, estávamos ali fazendo uma coisa diferente, nova e importante. Aprendi coisas novas porque eu nunca tinha feito sabão caseiro na minha vida e nem sabia que era possível fazer com o óleo reutilizado”, ponderou.

Componente curricular - A Seduc oferece, desde o primeiro bimestre de 2024, o componente de Educação Ambiental em todas as etapas do ensino, de forma obrigatória nas escolas estaduais. Este componente pode ter a adesão dos Municípios, alicerçada na Política de Educação para o Meio Ambiente, Sustentabilidade e Clima. 

A Seduc destaca que o conteúdo ambiental torna o Pará pioneiro na garantia de um componente curricular obrigatório de sustentabilidade, o que incentiva atitudes ipação o engajamento de estudantes nas discussões sobre agenda fundamentais no contexto do Pará, como sede da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30), no ano de 2025.