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Santa Casa acompanha recém-nascidos em profilaxia para HIV, com farmácia assistida

A alta assistida consiste na orientação farmacêutica feita aos responsáveis pelo bebê sobre os medicamentos a serem adotados em casa

Por Etiene Andrade (SANTA CASA)
20/12/2024 08h52


Farmacêutica, Ana Nízia Aragão destaca que é necessário os responsáveis pelo bebê atentarem para o tratamento corretoDesde 2021, a maternidade da Santa Casa é a única da região Nrte a realizar a alta farmacêutica assistida, um acompanhamento farmacêutico especializado voltado para  melhorar o esclarecimento das mães e responsáveis para a realização do tratamento do bebê com os medicamentos antirretrovirais recomendados pelo Ministério da Saúde, essenciais para a prevenção da transmissão vertical do HIV da mãe para o bebê e o adoecimento pelo vírus.  
  
A farmacêutica, Ana Nízia Aragão é a responsável pelo procedimento na Santa Casa e explica o que é a alta assistida. “A alta assistida consiste na orientação farmacêutica aos responsáveis pelo bebê, quanto aos medicamentos, efeitos adversos, como armazenar dentro de casa, e orientar também a própria paciente para a importância do tratamento pois, se tiver uma boa adesão, o bebê não desenvolverá o vírus e consequentemente a doença”.

De acordo com a Santa Casa, imediatamente após a prescrição do medicamento, é feita uma consulta farmacêutica com as pacientes para verificar se a classificação de riscos está correta, se o esquema profilático está de acordo com o Ministério da Saúde, e se há alguma intervenção relacionada às doses a serem feitas. Nesses casos, a conduta é discutir com médicos e enfermeiros fazendo os ajustes necessários.  

Cientes da importância e bem orientados sobre armazenamento, horários e doses adequadas, os responsáveis conseguem dar a medicação corretamente para o bebê e os resultados são bem-sucedidos, como conta a farmacêutica Ana Nízia.  

“Uma das pacientes que atendemos com a alta farmacêutica assistida voltou para ter o segundo filho aqui na Santa Casa. Conversei com ela, que relatou fazer o tratamento correto e que a criança estava saudável e só aguardava para fazer o último exame para que realmente fosse determinado que ela não tinha soroconvertido. Ou seja, como foi realizado o tratamento correto, a criança não desenvolveu a doença, e aí a gente enfatizou mais ainda com a mãe sobre o segundo bebê, para que ele também ficasse saudável, livre da doença”  
  
De julho de 2021 até hoje, 709 pacientes foram orientadas na Santa Casa por meio da alta farmacêutica assistida. Além das orientações, as pacientes também recebem uma cartilha que ajuda a relembrar sobre os cuidados com a medicação do bebê.