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Oncológico Infantil promove 2º Fórum de Oncopediatria

Por Redação - Agência PA (SECOM)
25/10/2017 00h00

O Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo promove nesta quarta-feira (25), no Teatro Estação Gasômetro, o 2º Fórum de Oncopediatria. Com o tema “Oncologia Pediátrica: a realidade amazônica para a excelência”, o evento se estende até o final da tarde com oito palestras de médicos renomados no cenário nacional. Entre eles estão Luís Fernando Lopes (Hospital de Câncer Infantojuvenil de Barretos/SP), Alejandro Arancibia (Instituto do Câncer Infantil Rio Grandense) e Josimario Silva (Universidade Federal de Pernambuco).

Serão abordadas temáticas atuais como a Oncologia no âmbito nacional, linfoma de Hodgkin – Diferenças entre crianças e adolescentes, Segurança do Paciente – Interações, cultura e percepções no cuidado oncológico, entre outros.

“A nossa proposta anual de promover um fórum científico para a discussão, tanto das nossas práticas, quanto das experiências de profissionais expoentes do Brasil, é fundamental para que a gente consiga melhorar ainda mais a nossa assistência”, explica Alba Muniz, diretora geral do Hospital Oncológico Infantil.

“Esse Fórum serve para conhecermos a realidade da oncologia pediátrica no país, já que no Oncológico Infantil recebemos crianças de várias partes do estado. Assim, o evento acaba por atualizar todos os colaboradores e profissionais da área de saúde. São 151 participantes, que fizeram inscrição pelo nosso site. E o diferencial desse fórum é que ele foi projetado não só para a comunidade médica, mas para todos que lidam diretamente com o paciente infantil oncológico”, destaca Alayde Vieira, coordenadora do serviço de oncopediatria do Oncológico Infantil e representante da Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica. 

Mãe participante - Foi a partir dessa proposta de abrir o fórum para a participação de todas as pessoas envolvidas no tema que a psicóloga Úrsula Silva, 34 anos, fez sua inscrição. Ela tem uma filha de seis anos, internada há quatro meses no Oncológico Infantil com um tumor no rim. “Eu vim para agregar conhecimentos para o tratamento da minha filha e também ajudar melhor, como psicóloga, a minha família, porque não é fácil ter uma criança com câncer dentro de casa. Mesmo com o hospital dando todo o suporte multidisciplinar e apoio pra gente, é importante que eu também procure agregar conhecimentos”, disse a mãe.

Representando o governo do Estado, esteve presente na abertura do evento a secretária-adjunta da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), Heloisa Guimarães, que destacou o aprendizado como o aspecto mais importante do fórum. "Nesses dois anos de existência do Oncológico Infantil mantivemos uma curva constante de aprendizado de como lidar com essas crianças e adolescentes portadores de câncer. Já é muito dolorido tratar do assunto, mas precisamos encarar. Festejamos o Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo pela excelência no atendimento, e cada vez que fazemos uma visita à unidade e constatamos a satisfação dos pais com o resultado do tratamento oferecido aos seus filhos temos uma alegria redobrada”, relatou a secretária.

Referência - Referência no combate ao câncer infanto-juvenil, o Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo atende cerca de 700 pacientes, com um índice de satisfação dos usuários de 97%. Os tipos de câncer mais recorrentes atendidos na unidade são leucemia e linfomas.

Entre janeiro e setembro de 2017, a Oncológico Infantil realizou 106.145 exames, 671 cirurgias e 24.403 sessões de quimioterapia. O maior número de internações está na faixa etária dos 3 a 5 anos, com 257 pacientes; seguida pela faixa de 0 a 2 anos, com 238, e de 9 a 11 anos, com 211 pacientes.

Em 2017, o hospital foi habilitado pelo Ministério da Saúde como a mais nova Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon) da região amazônica, com atuação dedicada à oncologia pediátrica.

Em junho passado foi certificado como “Hospital Acreditado - ONA 1”pela Organização Nacional de Acreditação (ONA). Também é signatário do Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU) e do Pacto de Princípios de Empoderamento das Mulheres, uma iniciativa da ONU para promover a igualdade de gêneros e o respeito ao público feminino.

 

Estrutura - Com 9.503 metros quadrados de área construída, em um prédio de sete andares, atualmente o Hospital Oncológico Infantil mantém 89 leitos de internação, dos quais 10 são destinados à Unidade de Terapia Intensiva (UTI). No Centro Cirúrgico há quatro salas e cinco leitos de RPA (Recuperação Pós-Anestésica), além de sala de indução anestésica.

Também há mais seis leitos de observação, dois leitos de emergência e um de isolamento, na Unidade de Atendimento a Intercorrências. Na área de quimioterapia, o hospital dispõe de 15 poltronas e oito leitos.

O Centro Cirúrgico é equipado para procedimentos de baixa, média e alta complexidade. No serviço de internação atua uma equipe multiprofissional (médico, enfermeiro, psicólogo, nutricionista, farmacêutico, assistente social, fisioterapeuta e fonoaudiólogo).

O atendimento ambulatorial da unidade também conta com equipe médica e profissionais das áreas de Psicologia e Serviço Social, além do Serviço de Atendimento ao Usuário (SAU) e de brinquedistas. Os atendimentos de urgência da Unidade de Atendimento Imediato são feitos por médico, enfermeiro, psicólogo e assistente social.

A excelência no atendimento do Oncológico Infantil foi destacada por um dos palestrantes do evento. “Acho que a construção do Oncológico Infantil foi um marco na saúde pública do estado. Toda essa demanda que o hospital tem hoje, e que tem aumentado, estava reprimida de alguma maneira. Hoje, com o Oncológico Infantil, você consegue dar atenção em alto nível para essas crianças, pois este é um dos melhores hospitais do Brasil”, atestou Alejandro Arancibia, coordenador médico do Instituto de Câncer Infantil de Porto Alegre.

Em dois anos de atividade, o Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo já alcança marcas significativas. “Mesmo assistindo quase 700 crianças, há meses em que não registramos nenhum óbito no hospital. Isso significa que essa assistência com a qual estamos trabalhando, esses protocolos  atualizados, estão refletindo de forma que a gente consiga se aproximar das taxas mundiais de cura. O outro dado interessante do Oncológico é que não temos fila de espera, porque conseguimos absorver todos os casos novos que vão chegando”, comemorou a diretora geral do Oncológico Infantil, Alba Muniz.