Psica Dourado celebra a cultura Pan-amazônica com apoio do Governo do Pará
Primeiro dia de Festival será gratuito, no centro histórico de Belém. Ao todo serão mais de 50 shows, com artistas de diferentes regiões da Amazônia.
Apoiada pelo Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult), a edição histórica do Festival Psica 2024 celebra a potência da Pan-Amazônia e, pela primeira vez, traz shows internacionais.
Da melodia caribenha às maracas do carimbó, o Festival está de ouvidos abertos para pluralidade rítmica forjada neste território continental. Batizada de Psica Dourado, o evento artístico deste ano já começa nesta sexta-feira (13).
Evento reúne mais de 50 atrações nos dias 13, 14 e 15 de dezembro com shows da vencedora do Grammy Latino Liniker; a lendária cantora paraense Fafá de Belém; a rainha da tecnocúmbia, a peruana Rossy War; a estrela do forró e piseiro João Gomes; o fenômeno Bayanasystem; e colaborações inéditas, como Cátia de França + Amelinha.
Gratuidade - O Festival, nesta sexta-feira, tem programação gratuita em cinco palcos a céu aberto no centro histórico de Belém. O Píer das Onze Janelas, o entorno da Igreja de Santo Alexandre, o Largo São João e as praças do Relógio, Felipe Patroni e do Carmo irão receber um efervescente circuito cultural.
O Cortejo Encantado dá início às celebrações de conexão entre os territórios da floresta latina. Passarão por esses palcos, a rainha da tecnocumbia, Rossy War, Banda Os Brothers, Marisa Black e Baile da Dz7. Além dos shows solo, o primeiro dia também é marcado por encontros inéditos e especiais, como Djuena Tikuna & Trio Manari; Priscila Castro & Marcos Tapajos + Naieme; Cátia de França + Amelinha; Bois de Parintins + Arraial do Pavulagem; Nilson Chaves & Iris da Selva.
Maior Festival de música da região Norte e um dos mais importantes do Brasil, o Psica faz história ao apostar no protagonismo da cultura preta e periférica da Amazônia. Na 13ª edição, a proposta é dobrar a meta: reverberar como nunca os ritmos feitos de batuques, suingues e samples que se espraiam em ondas sonoras pelos países, becos, etnias e sotaques da Amazônia colossal.
Jeft Dias, um dos diretores do festival, explica que o conceito de cultura pan-amazônica se materializa na curadoria proposta para a edição, fazendo uma analogia ao percurso pelos rios amazônicos do peixe “dourada”, bagre que faz a mais longa migração de água doce do mundo: são mais de 11 mil quilômetros percorridos na descida e na subida do rio. Um animal que mergulha na imensidão da Amazônia desde as águas da cordilheira dos Andes, no Peru, onde nasce o rio Amazonas no Brasil.
“A dourada é essa metáfora que resume a pulsão que sempre moveu o Psica: viver profundamente as Amazônias. Essa conexão nos levou a pensar no percurso da dourada, peixe que vem dos Andes até a baía do Marajó. Então o line-up está representando muito do imaginário popular amazônico, que habita no nosso subconsciente, na nossa memória afetiva. São coisas que a gente experiencia aqui se conectando também com Brasil e mundo afora”.
“A nossa proposta do festival é ter toda essa sensação, um sentimento cultural local, Pan-amazônico, da Amazônia brasileira, da Amazônia internacional, e ao mesmo tempo com grandes artistas que circulam por todo o país. É o Psica conectando a Pan-Amazônia com o Brasil e com o resto do mundo”, completa Gerson Junior, diretor do festival.
Shows no Mangueirão - No final de semana, 14 e 15 de dezembro, o festival ocupa o Estádio Olímpico do Pará, o Mangueirão. No sábado, sobem aos palcos artistas como Pabllo Vittar, Bayanasystem, Tuyo, Viviane Batidão + Zaynara prometem agitar a noite do dia 14 de dezembro. Também sobem aos palcos Mestre Chico Malta & Mestre Damasceno, Mestra Cristina Sereia do Mar, Luê, Jeff Moraes, Ras Margalho, Maleïka, Duquesa, Calorosa, Jurandy O Rei do Tecnobrega, Banda Black Rio e Tony Tornado, Thays, Ramon Sucesso e Larinhx. Outro destaque no dia 14 é o projeto de Félix Robatto, The Charque Side of The Moon, que pela primeira vez apresenta show da releitura paraense do clássico do rock progressivo da banda Pink Floyd. Para encerrar, mas ainda deixando fôlego, a aparelhagem SuperPop promete deixar o público querendo “endoidar” ainda mais.
No domingo, 15, shows especiais de Fafá de Belém, cuja obra é reconhecida Patrimônio Cultural e Imaterial do Pará, cantando o álbum “Água”; da membro da Academia Brasileira de Letras Liniker, com o sucesso instantâneo do glorioso álbum “Caju”; do duo inusitado misturando o piseiro de João Gomes com o rap de Don L. Também se apresentam no último dia de festival Thays Sodré, Samauma, Magno Roots, Manoel Cordeiro, Yago Oproprio, Daniel ADR, Tha Skatalites, Martin Blue, Trio Mocotó + Tássia Reis, Ebony, Tiana, Azuliteral, Coytada, Brisa Flow, Boris Percus e a aparelhagem Crocodilo, com o melhor da cultura das aparelhagens paraenses.
O Festival Psica 2024 tem patrocínio máster do Nubank e patrocínio do Mercado Livre através da Lei de Incentivo à Cultura Rouanet e Ministério da Cultura. O apoio institucional é da Secretaria de Estado de Cultura e Governo do Pará. A realização é da Psica Produções, Ministério da Cultura e Governo Federal. Governo Federal União e Reconstrução.
Texto da Ascom Secult, com informações do Festival Psica