Pará é pioneiro no trabalho social com famílias indígenas
Garantir a integração da população indígena com a sociedade é fundamental para compreender melhor suas necessidades. O trabalho social com essas famílias assegura o respeito aos costumes, às línguas, crenças e tradições, buscando alcançar sua plena autonomia no território paraense. Nesse sentido, o Pará é pioneiro na divulgação dos ensinamentos da pesquisa realizada pelo Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), que visa aprimorar o trabalho feito com famílias indígenas.
“São muitos os desafios que temos, mas é só através da aproximação dos representantes do Estado, União e municípios junto aos territórios e aos representantes indígenas que conseguiremos alcançar o objetivo. Assim, compartilhar o conhecimento adquirido nesse projeto com os usuários de programas socioassistenciais voltados para indígenas é primordial”, garante a representante do MDS, Renata Ferreira.
A atuação proativa da Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster) também é essencial para o atendimento e o acompanhamento de povos indígenas na proteção social básica da Assistência Social no Pará. “Nunca houve um momento de diálogo entre esses atores sociais - comunidades indígenas do Araguaia e trabalhadores da rede socioassistencial. O I Encontro de Trabalho Social com Famílias Indígenas em São Félix do Xingu foi uma das ferramentas que possibilitaram essa aproximação”, afirmou a titular da Seaster, Ana Cunha.
Criança Feliz - “O encontro é imprescindível para a nossa região, porque os debates proferidos contribuíram com o processo de construção de políticas públicas que contemplam as especificidades das comunidades originárias de forma efetiva. É preciso que nós, trabalhadores da rede socioassistencial, nos façamos presentes perante essa população vulnerável e a traga para os serviços assistenciais”, ressalta Flávia Nobrega, supervisora do Programa Criança Feliz, no município de Pau D’Arco, no sul do Pará.
Mais de 50 indígenas da etnia Kayapó e 60 trabalhadores do Sistema Único de Assistência Social (Suas) participaram do encontro. Os Kayapó são vistos, no Brasil e no exterior, como índios que lutam por seus direitos. Por isso, além de promover o diálogo intersetorial – articulação entre órgãos da União, Estado e municípios -, a Seaster orientou sobre a emissão da documentação civil que garante o acesso aos programas socioassistenciais. (Colaboração de Laina Sagica).