Agência Pará
pa.gov.br
Ferramenta de pesquisa
ÁREA DE GOVERNO
TAGS
REGIÕES
CONTEÚDO
PERÍODO
De
A
SEGURANÇA PÚBLICA

Polícia Científica do Pará realiza programação especial pelo Dia Nacional do Perito

'Semana do Perito' divulgou livros escritos por peritos criminais e palestras

Por Thiago Maia (Pol. Científica)
06/12/2024 09h15

Em alusão ao Dia do Perito Criminal, comemorado dia 4 de dezembro, a Polícia Científica do Pará (PCEPA) promoveu a Semana do Perito, entre os dias 3 e 5 deste mês, uma programação voltada à divulgação de conhecimentos forenses. Organizado pela Coordenação de Aperfeiçoamento e Pesquisa (COAPES), o evento contou com dois momentos: o Café com Autores Forenses e o Ciclo de Palestras.

O Café com Autores Forenses reuniu, no dia 3, peritos criminais que já publicaram livros, ou capítulos de livros, com o intuito de divulgar as publicações e incentivar a escrita. O evento contou com a participação do presidente da Imprensa Oficial do Estado do Pará (IOEPA), Jorge Panzera, que palestrou sobre a importância da publicação de escritos, não apenas científicos, e também os caminhos para a publicação.

O titular da Imprensa Oficial do Estado (Ioepa), Jorge Panzera afirmou que “é uma alegria grande participar aqui da Semana do Perito, essa atividade tão importante para o sistema de segurança pública, mas também tem, principalmente, importância para o sistema de Justiça. Temos uma parceria importante com a Polícia Científica na publicação de uma obra, e estamos abertos a outras possibilidades de publicação também de livros e trabalhos científicos, valorizando os autores e as autoras do nosso Pará".

Em 2022, um grupo de 5 peritos criminais, do Núcleo de Crimes Contra a Vida (NCCV), publicou o livro Manual de Procedimento Operacional Padrão (POP), pela editora pública Dalcídio Jurandir. A publicação ocorreu por meio de parceria entre PCEPA e Imprensa Oficial do Estado do Pará (IOEPA).

Segundo uma das autoras do livro, Yara Jennings, “nós sempre trabalhamos com Procedimentos Operacionais Padrão na prática, porém, não havia obra escrita, então precisávamos registrar isso para servir como norte para os demais peritos e também compartilhar nossos conhecimentos. Além disso, é uma obra que traz inúmeros benefícios, dentre eles, a credibilidade ao laudo, pois traz embasamento e respaldo ao laudo”, explicou.

A publicação trata de temas referentes à local de crime, ao tratamento de vestígios em relação à manter a cadeia de custódia, e à proteção pessoal do perito, como biossegurança. “A resposta foi tamanha que uma segunda edição já está sendo preparada, a qual já escrevemos 10 capítulos e trará outros temas”, completou a perita criminal do NCCV.

O evento contou com a participação do presidente da Imprensa Oficial do Estado do Pará (IOEPA), Jorge Panzera, em que palestrou sobre a importância da publicação de escritos, não apenas científico, e também os caminhos para a publicação. “É uma alegria muito grande participar aqui da Semana do Perito, essa atividade tão importante para o sistema de segurança pública, mas também tem, principalmente, importância para o sistema de justiça. Temos uma parceria importante com a Polícia Científica na publicação do Manual, e estamos abertos a outras possibilidades de publicação também de livros e trabalhos científicos, valorizando os autores e as autoras do nosso estado”, afirmou o presidente.

O perito criminal Luiz Walter Souza, lotado na Coordenadoria Regional de Castanhal, participou do evento expondo duas obras forenses nas quais escreveu capítulos sobre cromatografia e sobre a área laboratorial no geral. “A importância do evento está na perpetuação do trabalho dos autores forenses, que é de sumo interesse para a área científica. Ele deixa um legado para que peritos que ainda serão formados entendam como a perícia criminal de fato funciona. Perícia não é só fazer laudo, ela tem um contexto muito maior na sociedade, a busca pela justiça, e quando trabalhamos nesse campo, enxergamos a importância desse trabalho para a sociedade e escrevemos sobre, a sociedade começa a entender o quão grandioso é o papel pericial”, afirmou o perito.

A bibliotecária do órgão, Dilma Duarte, que também fez parte da organização do evento, é servidora há 16 anos e falou sobre como o projeto surgiu. “Logo que entrei no órgão, nossa equipe sentia a necessidade de fazer com que as pessoas divulgassem seus conhecimentos. Durante todos esses anos, a gente via que alguns escreviam, mas não era nada divulgado. Então, este ano, fizemos um projeto junto à Coapes e convidamos os autores, que logo aceitaram. É uma forma de incentivar outros servidores a escreverem, divulgarem todo o conhecimento que eles têm, construir um legado para a Polícia Científica.

Já no dia 5, aconteceu o Ciclo de Palestras. O evento teve como temas “a importância do exame necroscópico médico-legal completo nos casos de morte suspeita”, ministrada pelo Coordenador de Perícia no Vivo, o médico legista Marcelo Ayan; “A reprodução simulada do caso serial killer ‘Monstro da Ceasa’”, com o perito criminal Jadir Santos; e “Morte violenta de mulher com perspectiva de gênero: do processamento do local de crime à sentença final”, com a perita criminal Yara Jennings.

“O ciclo de palestras  representa um espaço de compartilhamento de experiências forenses e conhecimentos valiosíssimos. Ao reunir especialistas da Criminalística e Medicina Legal, promovemos a interação entre os profissionais e o surgimento de novas ideias. Essa dinâmica é essencial para o desenvolvimento da Polícia Científica do Pará e para a construção de uma segurança pública mais eficaz”, disse o perito criminal e coordenador da Coapes, José Alberto Sá.

“A gestão está comprometida com o incentivo à produção e divulgação de conhecimento científico. Por meio de parcerias, como a que fizemos com a IOEPA, já conseguimos a primeira publicação de uma obra que tem se tornado referência nacional. Além disso, trouxemos para a Semana do Perito um ciclo de palestras, em alusão a um ano importante de capacitações, quando capacitamos mais de mil servidores, tanto da área meio, quanto da área finalística, nas mais diversas áreas do conhecimento forense”, afirmou o Diretor-Geral da PCEPA e perito criminal, Celso Mascarenhas. 

Texto de Amanda Monteiro / Ascom PCEPA