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Tecnologia para melhoria da qualidade do açaí comercializado em Belém é tema de reunião na Sedap

O Governo do Estado, por meio da parceria  da Sedap com instituições como a UFPa e Ministério Público, vem constantemente buscando práticas e inovações que permitam a garantia de qualidade do açaí vendido ao consumidor

Por Rose Barbosa (SEDAP)
04/12/2024 20h27

As medidas adotadas por meio do Governo do Estado para melhoria das boas práticas de manipulação do tradicional produto paraense foram um dos temas da reunião nesta quarta-feira (4), na sede da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap).  O uso de novas tecnologias existentes no estado ainda não disseminadas para melhoria da qualidade do açaí também foi pauta do encontro. 

A reunião ocorreu na Diretoria de Feiras e Mercados (DFM) da Sedap e contou com a participação do diretor Manoel Rendeiro, da equipe da Coordenadoria de Produção Vegetal/Gerência de Fruticultura e da Casa Civil e do pesquisador Hervé Rogez, da Universidade Federal do Pará (UFPa) e diretor geral do Centro de Valorização de Compostos Bioativos da Amazônia (CVACBA), localizado no Parque Tecnológico do Guamá pertencente à universidade.

Durante o encontro, foi apresentado pelo representante da UFPa, o projeto que detecta por meio de testes rápidos no suco de açaí a possível presença do patógeno Trypanosoma cruzi, agente causador da doença de Chagas.  De acordo com Rogez, o teste possibilita que, em no máximo uma hora, saia o resultado da presença ou não do patógeno vivo no produto. A ideia, como explicou, é que a tecnologia seja aplicada nos pontos de venda do açaí. 

“Isso é muito importante, pois esse protozoário transmite a Doença de Chagas e temos que garantir ao consumidor a ausência do mesmo. Se tiver a presença, o equipamento detecta”, explicou. 

Capacitação - O diretor de feiras e mercados da Sedap informou que a diretoria vem constantemente buscando práticas e inovações que permitam a garantia de qualidade do açaí vendido ao consumidor. 

Após ouvir a apresentação do projeto pelo representante da UFPa, Manoel Rendeiro disse que esse é o caminho. “Soubemos desse projeto e gostamos muito, é um equipamento eficaz que vem dar retorno imediato sobre a qualidade do açaí. Hoje temos que fazer uma coleta e enviar aos laboratórios que demoram até um mês para dar retorno. Vamos encaminhar para arrumarmos recursos e no próximo ano a gente deve implementar essa iniciativa junto com a Vigilância Sanitária, possivelmente”, adiantou Rendeiro.

Ele lembrou que a Sedap, por meio da DFM e da Gerência de Fruticultura, participa do grupo coordenado pelo Ministério Público do Estado com o objetivo de colocar em prática medidas que garantam a qualidade fitossanitária do açaí ao consumidor. 

A Sedap vem realizando um trabalho de qualificação para garantir as boas práticas na manipulação do produto, segundo garantiu Rendeiro.

“Nossa diretoria trata justamente dessa ponta, ou seja, da venda ao consumidor, nós temos apenas dois anos de existência, mas já apresentamos retorno para o consumidor, já entregamos mais de1.800 equipamentos e capacitamos em torno de 650 a mil batedores”, enfatizou o diretor. 

Qualificação - O gerente de fruticultura da Sedap, engenheiro agrônomo Geraldo Tavares, informou que a tecnologia apresentada pelo representante da UFPa vem ao encontro das ações preconizadas pelo Programa Estadual de Qualidade do Açaí (PEQA), coordenado pela Sedap e que envolve 14 instituições de natureza pública e privada. O programa, como lembrou Tavares, tem por objetivo a introdução de boas práticas em toda a extensão da cadeia produtiva (produção agrícola, transporte, comercialização, fabricação artesanal e industrial) de modo a garantir o padrão de qualidade do produto.

É por meio do programa que foi desenvolvimento o “tanque de branqueamento”, conhecido mais popularmente como branqueador. O protótipo foi validado pelo laboratório da Eletronorte (Centrais Elétricas do Norte do Brasil S/A) e credenciado pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia).

“Esse tema rebate no nosso programa de qualidade do açaí, que visa principalmente o batedor artesanal. É importante principalmente por permitir a agilidade dos testes para detectar a presença do protozoário. Você pode ter os resultados em uma hora e posteriormente poderíamos disponibilizar por meio de aplicativo e sites onde estão localizados os pontos de açaí com boas práticas e estão isentos de patógenos”, observou Tavares.