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Serviço de Reabilitação em Saúde da Mulher da Santa Casa completa 2 anos favorecendo a assistência e a pesquisa

Nesse período, cerca de mil mulheres foram atendidas, entre gestantes, puérperas e outras pacientes com indicação de fisioterapia

Por Etiene Andrade (SANTA CASA)
03/12/2024 13h58

Criado em novembro de 2022, o Ambulatório de Reabilitação em Saúde da Mulher da Santa Casa teve início a partir de uma parceria entre a Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará (FSCMPA), Universidade do Estado do Pará (Uepa) e Universidade Federal do Pará (UFPA). 

Nesses dois anos, cerca de mil mulheres foram atendidas, entre gestantes, puérperas e outras pacientes com indicação de fisioterapia, como Cláudia Nascimento, que está na 19ª semana de gestação de gêmeos e precisou se afastar do trabalho por conta da gestação de risco e das fortes dores que sentia.  

“Eu já não sei o que fazer para as dores. Se estou de pé, dói. Quando sento também sinto dor. Então tenho muita esperança de que com esses exercícios que foram indicados, eu vou melhorar e ter uma gestação mais tranquila”, conta a paciente.  

De acordo com a fisioterapeuta Maria Eunice Oliveira, uma das profissionais que atendem as pacientes no ambulatório, entre as gestantes as causas de encaminhamento ao serviço normalmente são as queixas de dor, que são aliviadas com as sessões de fisioterapia. Mas os cuidados também favorecem outros aspectos da saúde da gestante e outras alterações relacionadas à saúde do sistema urinário e ginecológico das pacientes.  

“Aqui no ambulatório nós realizamos exercícios focados no alívio da dor, voltados principalmente para o alongamento e mobilidade e que sejam seguros para que não alterem a pressão dessa gestante. A atividade contribui com a prevenção e controle de doenças cardiovasculares, fortalece a musculatura global e a musculatura do assoalho pélvico, auxilia na adaptação postural, melhora a respiração e prepara a gestante para o trabalho de parto. Além das pacientes grávidas, também atendemos mulheres com problemas uroginecológicos”, esclarece a fisioterapeuta. 

No caso da gestante, os benefícios da fisioterapia também se estendem para o pós-parto, auxiliando na recuperação geral, cicatrização de fissuras mamárias e cicatriz cirúrgica, reabilitação de diástase e reabilitação de disfunções do assoalho pélvico, assim como a preparação para o retorno de exercícios físicos. 

Para o fisioterapeuta Pablo Moura das Neves, coordenador do ambulatório de reabilitação em saúde da mulher, desde que foi implantado o serviço atende a uma necessidade das pacientes da Santa Casa e contribui com o desenvolvimento de pesquisas importantes para a área de saúde da mulher.  

“O serviço de fisioterapia veio atender todo esse público, que era uma demanda reprimida. Aliado a isso o ambulatório também serviu para integrar a pesquisa voltada para esses pacientes na Santa Casa, pois tínhamos poucas pesquisas envolvendo pacientes grávidas, com gestação de alto risco e nestes dois anos, por meio de uma parceria com a Fapespa, conseguimos produzir quatro artigos, além de dissertações e tese. Então o ambulatório realmente integrou o tripé ensino, assistência e pesquisa”, afirma o fisioterapeuta, que também orienta e realiza projetos de pesquisa na instituição.