Projeto piloto da Sespa facilita o planejamento familiar
A procura por métodos contraceptivos seguros e altamente eficazes tem sido cada vez maior entre as mulheres por conta do planejamento familiar. Por isso, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), por meio do 9º Centro Regional de Saúde (9º CRS), com sede no município de Santarém, na região oeste do Pará, deu início, na tarde desta quarta-feira (25), ao projeto piloto com 30 pacientes da Unidade de Referência de Especialidades (URES), para a colocação do implante subdérmico, popularmente conhecido por "Implanon". Um dos métodos contraceptivos mais seguros do mundo, que passa a ser distribuído pela rede pública estadual de saúde na região oeste.
A exemplo de outros implantes contraceptivos, o Implanon é um método anticoncepcional ideal para quem não gosta da responsabilidade de lembrar-se de tomar a pílula diariamente. Mais eficaz que outros contraceptivos populares, como Dispositivo Intra-Uterino (DIU), laqueadura e vasectomia, ele tem longa duração e possui efeitos colaterais reduzidos.
De acordo com o ginecologista Hélio Cabral, médico responsável pelo projeto, o Implanon é uma alternativa viável às mulheres que buscam realizar o planejamento familiar por meio da rede pública de saúde. "É um projeto de grande importância já que é um material muito utilizado na ginecologia, porém poucas pacientes têm acesso em virtude do valor. Esse método é acessível em consultórios particulares, mas custa em média R$ 1.200,00, apenas o implante. No entanto, para a colocação cobra-se em média R$ 2 mil", argumentou o especialista.
A colocação do Implanon é feita em ambulatório ou consultório médico. A paciente é submetida a anestesia local, na região interna do antebraço e após o processo, o profissional realiza a implantação. O procedimento é indolor e dura poucos minutos. "Esse implante tem a validade de três anos. A paciente recebe um cartão com a data da colocação e a data da retirada", informou o ginecologista.
Para o projeto piloto, a Sespa, por meio do 9º Centro Regional (9º CRS), disponibilizou 30 bastonetes. As pacientes estão sendo escolhidas por meio de triagem realizada pela equipe da URES, atendendo a critérios como: idade; número de filhos e finalidade principal. "A partir dessa triagem vamos iniciar a colocação do implanon nessas 30 pacientes. Será o carro-chefe para partirmos para um número maior", completou o médico Hélio Cabral.
Planejamento - De acordo com a diretora do 9º CRS, enfermeira Marcela Tolentino, o objetivo da unidade é dinamizar e oportunizar condições para que mais mulheres possam realizar o planejamento familiar de forma segura.
Segundo Marcela, a expectativa é aumentar a quantidade ofertada. "Esse é apenas o início, vamos buscar junto à Sespa que o método seja expandido para atender não somente o município de Santarém, mas todos os outros municípios que são cobertos pela nossa Regional", observou a diretora.
Os especialistas lembram que o implanon não é um método definitivo, a qualquer momento a paciente, independente da fase do ciclo pode solicitar a retirada. "Se a paciente daqui a seis meses ou um ano quiser engravidar novamente, pode procurar um médico e solicitar a retirada do implanon para voltar a sua atividade reprodutiva normalmente", ressaltou o médico Hélio Cabral.