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Pará será o único estado sem recessão em 2015, aponta estudo

Por Redação - Agência PA (SECOM)
15/10/2015 09h47

O Pará ganha destaque no cenário nacional no enfrentamento da crise econômica que atinge o país. O jornal O Globo, do Rio de Janeiro, divulgou nesta quinta-feira, 15, que o Pará será o único estado do país a escapar dos efeitos da recessão, mantendo seu PIB (Produto Interno Bruto) estável. Segundo economistas, a crise brasileira terá índice negativo de cerca de 3% na economia.

Ainda segundo a reportagem, a projeção feita pelo banco Santander prevê que, entre as 27 unidades da federação, só o Pará deve fechar o ano com PIB estagnado, constituindo o melhor número do levantamento. A projeção feita pelo banco é de que o PIB do país, neste ano, encolherá 2,8%, previsão semelhante à pesquisa do Banco Central (-2,97%) e o Estado que mais deverá sofrer esse impacto é Pernambuco, com -4%. No Amazonas, a queda da economia será de -3,8% e, em São Paulo, de -2,6%, segudo o estudo.

O setor de minérios deverá responder por 28,58% dos investimentos previstos para o estado, com previsão de alta de 2,48%, segundo a Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas do Pará (Fapespa). Veja aqui o mapa da retração pelos estados.

Em entrevista ao jornal, o presidente da Fapespa, Eduardo Costa, falou sobre estes números. “Mesmo com a queda do preço dos minérios no mercado internacional, e apesar da diminuição da receita com vendas por tonelada exportada, o estado do Pará vem apresentando contínuos superávits comerciais explicados em grande parte pelo aumento do volume exportado”.

A economia brasileira não enfrenta uma recessão desde 2009, quando registrou recuo 0,2%, mas teve um avanço no PIB de 17 dos 27 estados da federação. Estudiosos alertam que o desempenho da atividade econômica entre 2014 e 2016 deve ser o pior desde 1900, inclusive dos triênios da crise de 1929 e da dívida, nos anos 1980, a chamada década perdida.

A matéria destaca ainda que as regiões que mais se beneficiaram da fase áurea de commodities na última década, como o Centro-Oeste, não devem escapar da retração. Segundo dados recentes do IBGE, a região registrou o segundo maior crescimento médio entre 1995 e 2010, de 4,3%, perdendo só para o Norte (4,7%). No mesmo período, o Brasil cresceu, em média, 3,1%.

Cautela – Apesar de ser o único estado brasileiro a não apresentar índices negativos do PIB, o que indica claramente recessão, o Governo do Estado sempre esteve atento aos efeitos da crise nacional no Pará. Em agosto deste ano, por exemplo, o Governo lançou o Pacto pela Produção e Emprego, um conjunto de cerca de 30 medidas, em diversos setores, buscando estimular o setor produtivo na indústria, agropecuária, entre outras, desonerando atividades econômicas, simplificando licenciamentos, qualificando profissionais e estimulando o turismo, entre outras ações.

"A crise nacional tem reflexos em todos os Estados e aqui tomamos a iniciativa de responder isso. O Governo do Estado está lançando esse pacto, concedendo incentivos e estímulos à economia, e o setor produtivo fará um esforço permanente para orientar as empresas e seus associados a manter o nível de empregos no Pará. Espera-se que as empresas possam manter os postos de trabalho, e nós, juntos, possamos evitar os efeitos mais drásticos desta crise perversa'', frisou, na época do lançamento do Pacto, o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia, Adnan Demachcki.

Leia mais sobre o pacto aqui: http://agenciapara.com.br/noticia.asp?id_ver=116474