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Governo do Pará investe mais de R$ 5 milhões no aperfeiçoamento da Polícia Científica em 2024

Nos últimos seis anos, o Estado adquiriu equipamentos de tecnologia avançada para dar mais celeridade e eficiência ao trabalho dos peritos

Por Thiago Maia (Pol. Científica)
20/11/2024 08h00

O compromisso do Governo do Pará com a segurança pública em 2024 também é traduzido no volume de investimentos para aperfeiçoar o trabalho nos diversos setores da Polícia Científica (PCEPA), tanto em Belém quanto nas unidades do interior. Em parceria com o Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP), o Estado investiu cerca de R$ 5 milhões em novos equipamentos de tecnologia avançada destinados a vários setores, como o Instituto de Medicina e Odontologia Legal (IMOL), Núcleo de Engenharia Aplicada, Núcleo de Crimes Contra a Vida e o Laboratório de Genética Forense.

Somente este ano, a Polícia Científica recebeu dois equipamentos Flatscan, de diagnóstico por imagem, utilizado no IMOL para auxiliar médicos legistas nos exames de necropsia. O aparelho possibilita a identificação de perfurações, sobretudo de armas de fogo. O investimento nos equipamentos totalizou R$ 2,3 milhões.

Precisão - O Governo também investiu em outras aquisições, incluindo dois scanners 3D - cerca de R$ 490 mil cada um -, destinados ao Núcleo de Engenharia Aplicada e ao Núcleo de Crimes Contra a Vida, entregues em agosto deste ano. O equipamento, com tecnologia de ponta, é indispensável para o trabalho desses núcleos da Polícia Científica, que exige alta precisão e detalhamento na documentação de cenas e ambientes.

“O scanner a laser 3D tem revolucionado a forma como realizamos levantamentos e documentações em diversos campos, principalmente no campo pericial. Sua capacidade de capturar ambientes em 3D de forma rápida e precisa o torna uma ferramenta indispensável para a criação de modelos virtuais detalhados, cruciais para a análise e compreensão de cenas de crimes, desabamentos, locais de incêndio e outros eventos que exigem investigações minuciosas”, informa o engenheiro e perito criminal Alberto Sá.

O Laboratório de Genética Forense recebeu este ano o Sistema de Cromatografia Líquida, equipamento avaliado em mais de R$ 2 milhões, que garante identificação e confirmação com maior eficiência de várias substâncias, como drogas (incluindo as sintéticas), medicamentos, fármacos e toxicantes.

Mais equipamentos – Em 2023, a Polícia Científica também registrou investimentos significativos em equipamentos. Um dos destaques é o aparelho do Sistema Integrado de Comparação Balística (IBIS, sigla em inglês), instalado no Núcleo de Balística Forense, da Coordenadoria Regional de Marabá, no sudeste paraense. Foi o segundo aparelho desse tipo adquirido por meio da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp).

No mesmo ano, a Coordenação de Laboratório (Colab), em Belém, recebeu 22 equipamentos permanentes, incluindo balanças, estufas, centrífugas, purificador de água, agitador vórtex e concentrador de amostras, além do novo Cromatógrafo Gasoso, adquirido também pelo governo do Estado, em parceria com a Senasp, e já em funcionamento.

Além do investimento no Flatscan para o IMOL, foram adquiridas mais uma câmara fria, com capacidade para cerca de 60 corpos, e modernas mesas de necropsia, que atendem aos padrões sanitários e comandos automatizados. “As mudanças na sala de necropsia trarão mais salubridade a quem trabalha. Proporcionará uma lavagem mais eficaz, que não deixe restos biológicos no local, e o despejo dos dejetos ocorrerá sem agredir o meio ambiente”, informa o médico legista Hinton Barros Jr., diretor do IMOL.

O Setor de Balística recebeu, em 2022, um aparelho de microcomparação balística IBIS, que cataloga vestígios de projéteis oriundos de crimes, digitalizados no sistema pelos peritos, permitindo correlacionar crimes cometidos com a mesma arma no Pará ou em outros estados.

“Para nós, da Polícia Científica do Pará, recebermos esses investimentos só mostra a confiança que o Governo do Pará tem no nosso trabalho para garantir uma melhor eficiência nos resultados dos laudos”, afirma o perito criminal e diretor-geral da PCEPA, Celso Mascarenhas.