Ideflor-Bio marca presença no 3º Congresso Brasileiro de Trilhas em São Paulo (SP)
Evento reuniu governantes, ambientalistas, empreendedores e especialistas de diversas áreas, e Instituto abordou temas sobre o ecoturismo na Amazônia
O 3º Congresso Brasileiro de Trilhas, realizado entre os dias 14 e 17 de novembro, no Parque Ibirapuera, em São Paulo (SP), foi palco de debates intensos sobre a importância das trilhas para a conservação ambiental e o desenvolvimento sustentável. O evento, que reuniu governantes, ambientalistas, empreendedores e especialistas de diversas áreas, teve como um de seus destaques a participação do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Pará (Ideflor-Bio), que, por meio de seu gerente da Região Administrativa de Belém, Júlio Meyer, contribuiu com importantes discussões sobre o ecoturismo na Amazônia.
Júlio Meyer, que também ocupa a posição de diretor nacional de Trilhas, foi moderador de dois painéis fundamentais: "A Rede Brasileira de Trilhas: Sociedade civil na construção do sistema" e "Conexão Amazônica". No primeiro painel, o foco foi a integração da sociedade civil na criação e gestão de trilhas como um sistema de conectividade entre ecossistemas. No segundo, Meyer dividiu o palco com Diego Barros, condutor de trilhas e gerente da empresa de ecoturismo Amazônia Aventura, para destacar as particularidades e os desafios da implementação de trilhas na Amazônia, como a Trilha Amazônia Atlântica.
Outro ponto alto da participação do Ideflor-Bio foi no painel "Abrangência do Programa de Voluntariado" e "Vem Trilhar na Rede", que destacou a atuação da Rede Pinta Cuia, uma iniciativa que busca promover a sustentabilidade nas trilhas da região Norte. Além disso, Júlio Meyer participou do painel "Empreendedorismo e Inovação nas Trilhas", ao lado de Paula Rascão, da eTrilhas, e Izabela Rubens da Silva, do HUB de Turismo Turistech. Durante essa discussão, Meyer contribuiu com a apresentação da plataforma eTrilhas, que, em parceria com o Ideflor-Bio, está sendo implementada na Trilha Amazônia Atlântica.
StartUp - A plataforma eTrilhas, lançada em agosto de 2024, é um aplicativo inovador que visa centralizar informações sobre trilhas, atrativos naturais e destinos de ecoturismo no Brasil. No caso da Trilha Amazônia Atlântica, o aplicativo oferece aos visitantes detalhes sobre os serviços disponíveis ao longo da rota, como opções de hospedagem, alimentação e contatos com prestadores de serviços locais. A plataforma está disponível para download na Play Store e App Store e é um passo importante para a transformação digital do ecoturismo na região amazônica.
A Trilha Amazônia Atlântica, com aproximadamente 460 km de extensão, começa na Catedral da Sé, em Belém, e se estende até o município de Viseu, no nordeste do Pará. Considerada uma das principais rotas de ecoturismo da região, a trilha atravessa 13 áreas de preservação e conecta diversas comunidades locais, promovendo o turismo sustentável e a conservação da biodiversidade. A inclusão da Trilha Amazônia Atlântica na Rede Nacional de Trilhas de Longo Curso e Conectividade, a RedeTrilhas, foi um dos temas discutidos por Meyer no congresso, evidenciando o impacto positivo que essa rota pode ter no ecoturismo e na preservação ambiental.
Participação - Segundo Júlio Meyer, o reconhecimento da Trilha Amazônia Atlântica como parte da RedeTrilhas é um marco significativo. "A Trilha Amazônia Atlântica é um projeto que nasceu de um movimento voluntário, com o apoio de empresas e da administração pública. Estamos consolidando essa iniciativa como uma referência de ecoturismo sustentável", afirmou o gerente. A RedeTrilhas, coordenada por diversos órgãos, como o Ministério do Meio Ambiente e o ICMBio, tem como objetivo promover a conectividade entre ecossistemas e fortalecer as políticas de preservação por meio do turismo de natureza.
O apoio do Ideflor-Bio à criação e implementação da Trilha Amazônia Atlântica foi essencial para sua consolidação como um projeto de destaque no cenário nacional. A trilha não apenas contribui para a conservação da biodiversidade, mas também cria novas oportunidades econômicas para as comunidades locais. O reconhecimento da Trilha Amazônia Atlântica no contexto nacional reforça a importância de integrar as políticas públicas de meio ambiente com o desenvolvimento do ecoturismo sustentável, com foco na preservação ambiental e no fortalecimento da economia local.
Neste sentido, a realização do 3º Congresso Brasileiro de Trilhas em São Paulo foi uma oportunidade única para ampliar o diálogo sobre as trilhas como ferramenta de conservação e desenvolvimento sustentável. A participação do Ideflor-Bio, por meio de Júlio Meyer e das iniciativas como a Trilha Amazônia Atlântica, fortalece a presença da Amazônia no cenário nacional de ecoturismo e reafirma o compromisso do instituto com a preservação e o fomento ao turismo responsável na região. Com o apoio de plataformas inovadoras como o eTrilhas e o engajamento de diversas partes da sociedade, o ecoturismo na Amazônia tende a crescer de forma sustentável, gerando benefícios tanto para o meio ambiente quanto para as comunidades locais.