Abusos financeiros contra pessoa idosa são tema de seminário na Sejudh
Visando oferecer mais informações sobre os abusos financeiros que são cometidos contra a pessoa idosa, a Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), por meio da Diretoria de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) e a Gerência de Proteção ao Idoso, promoveu na manhã desta quinta-feira (22) o seminário “Abusos Econômicos e os Direitos da Pessoa Idosa”.
Durante o evento foram apresentadas várias vertentes sobre os direitos econômicos do idoso, incluindo direitos básicos, como a gratuidade e prioridade, que vem sendo desrespeitados, na maioria das vezes. O evento debateu os impactos da violência econômica na vida da pessoa idosa e a violação dos direitos desse segmento social, e fomentou parcerias interinstitucionais para combater o abuso.
O diretor do Procon, Moysés Bendahan, ressaltou a importância do evento para esclarecer os direitos dos idosos. “O seminário ofereceu orientações sobre as práticas de consumo ilegais, visando diminuir essas práticas e as reclamações recebidas no Procon sobre as irregularidades”, declarou.
Segundo a aposentada Elza Maria do Nascimento, 72 anos, o desrespeito mais frequente se dá na espera por atendimento nos bancos. “Sempre, quando tentei resolver algum problema no caixa das agências bancárias, a espera foi muito longa. Já passei mais de uma hora para conseguir resolver um problema simples na parte administrativa, e isso causa uma verdadeira revolta”, relatou.
Para a gerente de Proteção ao Idoso da Sejudh, Rocilene Nascimento, os órgãos são essenciais para levar a informação a respeito dos direitos dos consumidores aos idosos. “Eles precisam ser mais informados sobre seus direitos e deveres. Esse é o intuito do seminário: esclarecer sobre os direitos básicos como consumidor idoso e, com isso, evitar os abusos que são frequentemente praticados pela sociedade civil e institucional”, comentou.
O abuso financeiro praticado contra a pessoa idosa cresce a cada dia, submetendo os idosos a situações constrangedoras e humilhantes com agravos emocionais e psicológicos que contribuem para os sintomas de depressão e pânico, entre outros. A situação exploratória é vivida por muitos aposentados e pensionistas, que, além de não poderem usufruir de seus vencimentos, têm, muitas vezes, os nomes registrados no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) em virtude do acúmulo de compras no comércio feitas em seus nomes, além do crescimento no número de empréstimos a eles concedidos.
O seminário teve a presença de representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Grupo de Educação Financeira da Amazônia, Universidade Federal do Pará (UFPA), Banco Central e Conselho Estadual da Pessoa Idosa.
