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Cresce o número de atendimentos à crianças vítimas de queda no Hospital Regional do Tapajós

Médica destaca cuidados que ajudam a evitar esse tipo de acidente, que pode causar traumatismos cranianos e abdominais em crianças

Por Governo do Pará (SECOM)
23/10/2024 17h49

Após uma queda acidental na escola, uma família de Itaituba, no sudoeste do Pará, viveu momentos de grande apreensão ao ver seu filho, de apenas 6 anos, precisando de exames complexos para diagnosticar um sangramento e inchaço interno no abdômen.

Deucicleia Rodrigues, de 40 anos, estava em casa quando recebeu uma ligação da escola informando sobre a queda de Yan. O acidente, que poderia ter tido consequências ainda mais graves, teve um desfecho positivo graças ao atendimento especializado e aos cuidados de alta complexidade prestados pelo Hospital Regional do Tapajós (HRT).

“O apoio dos médicos e de toda a equipe foi fundamental para a recuperação do nosso filho. Ele recebeu o melhor tratamento possível e, felizmente, não precisou de cirurgia. É um alívio saber que temos um hospital de alta complexidade para traumas em nossa cidade”, relatou a mãe, aliviada com a recuperação completa do pequeno paciente.

Infelizmente, casos como o de Yan são mais comuns do que se imagina. As quedas estão entre as principais causas de traumatismos cranianos e abdominais em crianças, como explica o neurocirurgião João Fabrício. “O traumatismo craniano em crianças é uma das causas mais frequentes de internação hospitalar, com taxas significativas de morbidade e mortalidade”.

De acordo com dados do Hospital Regional do Tapajós, o número de atendimentos a traumas infantis aumentou consideravelmente nos últimos meses. Entre setembro e outubro, houve um crescimento de 74% nos casos de crianças internadas por quedas e acidentes domésticos, subindo de 27 para 47 casos.

Embora 80% dos traumatismos cranianos em crianças sejam classificados como leves, a dúvida sobre a necessidade de procurar ajuda médica é frequente entre os pais. “Os pais devem ficar atentos a sinais como sobrecarga excessiva, irritabilidade, vômitos, ou alterações no comportamento após uma queda. Em caso de dúvida, o ideal é procurar atendimento médico imediatamente”, alerta João Fabrício.

A pediatra Ana Paula Lessa, que atende no Regional do Tapajós, reforça que os traumas mais frequentes em crianças ocorrem na cabeça e no abdômen. “As crianças costumam correr, cair de superfícies ou de objetos como estantes, janelas e até árvores. Também são comuns acidentes envolvendo motocicletas”, afirma.  

Para prevenir acidentes, a médica aconselha medidas simples no dia a dia: “Evitar que as crianças subam em árvores, telhados e janelas, e nunca permita que andem de moto sem idade ou sem capacete. Para quem anda de bicicleta, o uso de capacetes, joelheiras e cotoveleiras é essencial.”

Saber identificar quando o trauma é grave também é fundamental. “Vômitos, destruição, dor intensa e dificuldades para andar ou falar são sinais de alerta”, orienta Ana Paula. Para a pediatra, a prevenção começa em casa e na escola. “Protetores nos cantos dos móveis, tampas nas tomadas, e evitar que as crianças tenham acesso a produtos químicos ou subam em móveis são algumas das desvantagens mais importantes. Além disso, nunca deixem panelas no fogo sem supervisão e sempre com o cabo virado para dentro.”

Pertencente ao Governo do Estado do Pará, o Hospital Regional do Tapajós está preparado para atender casos graves de traumas, oferecendo um total de 153 leitos que incluem clínicas cirúrgicas, UTI pediátrica e neonatal, entre outros serviços.

Texto: Sammya Ferreira/Ascom HRT