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Governo do Pará apresenta estratégias e apoio para população evitar o superendividamento

Mais de dois milhões de paraenses estão endividados. Banpará e o Igepps possuem serviços de educação financeiras e renegociação de dívidas

Por Arthur Sobral (SECOM)
22/10/2024 08h00

O superendividamento é uma realidade que afeta milhões de brasileiros, inclusive os paraenses. Segundo dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), mais de 2 milhões de pessoas no Pará estão endividadas.

Diante deste cenário, o Governo do Pará, por meio do Banco do Estado do Pará (Banpará) e do Instituto de Gestão Previdenciária do Estado do Pará (Igepps), oferece estratégias e serviços para ajudar a população a evitar e sair do superendividamento, entre eles, cursos de educação financeira e oportunidades de crédito com juros mais baixos.

O Igepps tem se dedicado a oferecer educação financeira aos segurados, abordando temas cruciais como planejamento financeiro e consumo consciente, visando reduzir as taxas de endividamento. 

Segundo Giussepp Mendes, presidente do Igepps, é vital que os segurados entendam as implicações de suas escolhas financeiras para evitar armadilhas de dívidas futuras. 

“A gestão do IGEPPS tem oferecido educação financeira e previdenciária para os beneficiários que querem se livrar das dívidas por meio de um planejamento equilibrado de suas finanças, como também para aqueles já próximos da aposentadoria. O planejamento de suas receitas e gastos é a melhor forma de manter uma vida financeira saudável”, informa Mendes.

De acordo com dados do Dieese, o principal vilão é o gasto com o cartão de crédito, que possui juros altíssimos, com média de 400% ao ano. Para Everson Costa, pesquisador da instituição, a população precisa reduzir a compulsão por compras e recorrer a auxílio financeiro.

“Tem gente que faz a compra do supermercado parcelado, combustíveis, ou seja, alguns gastos que acabam levando as pessoas a não conseguirem honrar nem o pagamento mínimo. As taxas são super altas, com média de 400% ao ano. Seja no cartão ou no crédito da loja, quando você entra no cenário de dívidas, as pessoas entram em um espiral, salvo se elas conseguirem se planejar e organizar melhor, se não elas acabam entrando no modelo de superendividamento”, explica o pesquisador.

Com quase 80 mil de dívidas bancárias acumuladas, o empresário Celso Ricardo Alencar se viu em um período bem difícil em sua vida. O valor foi adquirido por meio de empréstimo bancário, e as parcelas acabaram acumulando, que ficou quase difícil honrar as parcelas e ter dinheiro para sustentar a família. 

“Foi um período muito difícil, precisei me desfazer de um carro, e precisei reduzir as despesas. Mas as parcelas super altas me impossibilitaram de fazer novos investimentos. renegociações para amenizar o valor, com o tempo fui reduzindo as despesas até colocar as contas em dia. Precisei renunciar a passeios, e cortar os gastos ao máximo”, conta.

Negociando dívidas - Sair do superendividamento não é uma tarefa fácil, mas é possível com planejamento, disciplina e apoio. Após o mapeamento de todas as receitas e dívidas, é importante trocar uma dívida cara por uma mais barata. Ou seja, tentar negociar a dívida para pagamento a médio e longo prazo com taxas de juros mais baixas.

Para isso, o Banpará possui opções para gerir às dívidas que incluem o Empréstimo Consignado, que oferece juros mais baixos com desconto em folha, e o Crédito Banpará Card, um crédito pessoal rotativo que pode ser usado para cobrir despesas urgentes ou consolidar dívidas sob condições mais favoráveis. 

Apesar de oferecer oportunidade para controlar o endividamento, a instituição enfatiza a importância do crédito consciente e disponibiliza ferramentas como simulações de operações para que os consumidores entendam completamente os custos envolvidos antes de se comprometerem com novos empréstimos.