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Fapespa destaca avanços e conquistas no Dia Mundial da Ciência e Tecnologia

Por meio de parcerias com várias instituições, a Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas do Pará investe na formação de recursos humanos, saúde e bioeconomia

Por Manuela Oliveira (FAPESPA)
16/10/2024 15h26

Pesquisas qualificadas abordam questões importantes para a preservação da região amazônicaEm 16 de outubro é celebrado o Dia Mundial da Ciência e Tecnologia, para homenagear as grandes descobertas científicas e tecnológicas que impulsionam a humanidade. Neste dia, a Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas do Pará (Fapespa), comprometida com o incentivo à pesquisa científica e tecnológica na Amazônia, contabiliza avanços e conquistas. Apenas em 2024 foram destinados R$ 42.652.800,00 em recursos para Bolsas de formação de recursos humanos, volume a ser empenhado ao longo dos próximos anos.

No âmbito do Programa Bolsa Pará foram concedidas mais 1.306 bolsas, em cotas institucionais, sendo 200 de Iniciação Científica (IC) - exclusivas para turmas do Programa Forma Pará; 800 bolsas de Iniciação Científica (IC) para turmas regulares de graduação; 200 de mestrado e 106 de doutorado.

Marcel Botelho: em busca de soluções para viabilizar a bioeconomia“O Governo do Pará propõe um novo modelo para o desenvolvimento sustentável da Amazônia, baseado na bioeconomia. E não se faz um novo modelo sem pesquisa, sem inovação, sem novos conhecimentos. A Fapespa é o braço do governo fomentador de iniciativas, juntamente com as universidades, os institutos, os centros de pesquisa, desenvolvendo novas soluções para que a bioeconomia seja viável econômica, ambiental e socialmente. E hoje é muito importante a ciência comemorar as inovações, o desenvolvimento de um país, e de um estado que valoriza a ciência, a tecnologia e a inovação”, destaca o presidente da Fapespa, Marcel Botelho.

Parcerias - Este ano de 2024 também é marcado por novas e importantes parcerias. A Fapespa atua em conjunto com o Ministério da Pesca e Aquicultura, para o lançamento do Programa Jovem Cientista da Pesca Artesanal; com o British Council–Brasil, para execução do Programa Climate Skills; o Instituto Serrapilheira, buscando fomentar Pós-Doutorado para pesquisadores negros e indígenas; o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), para cofinanciar o Programa INCTs (Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia); a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), para também cofinanciar o Programa PRAPG (Programa de Redução de Assimetrias da Pós-Graduação), e com a  Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), para lançar o Programa Tecnova III, buscando assim o fortalecimento da pesquisa, do desenvolvimento e da inovação no Pará.

Um dos destaques é a colaboração entre Fapespa e o CNPq, firmada para fomentar pesquisa, desenvolvimento e inovação no Estado. O Edital INCT 2022 é um dos projetos desenvolvidos pela Fapespa e o CNPq, abrangendo Institutos Científicos e Tecnológicos do Conselho no Pará, como o Museu Paraense Emílio Goeldi.

Pesquisadora Ima Vieira, com o Projeto ’INCT Nexus - Perturbações antrópicas, novas trajetórias florestais e sustentabilidade na Amazônia’

Uma das selecionadas pelo edital foi a pesquisadora Ima Vieira, com o Projeto “INCT Nexus - Perturbações antrópicas, novas trajetórias florestais e sustentabilidade na Amazônia”, que visa analisar as conexões entre perturbações antrópicas e novas trajetórias florestais em diferentes contextos de uso da terra na Amazônia, e identificar a capacidade das novas trajetórias proverem serviços ecossistêmicos.

Visibilidade - “Essa colaboração amplia o alcance dos projetos, conferindo-lhes visibilidade regional e nacional. A complementaridade não apenas otimiza o uso dos recursos disponíveis para pesquisa, mas também fortalece significativamente a pesquisa realizada na Amazônia, e colabora para reduzir as disparidades regionais na área científica. No contexto dos projetos sobre bioeconomia e perturbações antrópicas na floresta amazônica, essa colaboração é particularmente valiosa, pois facilita a realização de pesquisas de alta qualidade que abordam questões importantes para a região amazônica, e ajuda na formação de pessoal e valorização da pós graduação no Pará”, ressalta Ima Vieira, coordenadora do INCT Nexus - Perturbações antrópicas, novas trajetórias florestais e sustentabilidade na Amazônia.

Além das novas parcerias, a Fundação já soma parcerias com as agências de fomento “Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I), do governo federal, Finep, Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Conselho Nacional de Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap) e instituições internacionais, a exemplo da Swissnex (rede global da Suíça que conecta pessoas e instituições em educação, pesquisa e inovação).

Fomento - A Fapespa também ressalta os investimentos no apoio à realização de eventos científicos, tecnológicos e de inovação. Apenas neste ano foram destinados R$ 2.800.000,00 para 54 eventos no Estado. Destes, 18 já foram realizados.

Com essas ações, a Fundação se consolidou como referência de incentivo à pesquisa e inovação no Pará, e na Amazônia, dando suporte aos pesquisadores espalhados pelo Estado. Nos últimos anos, a Fundação se destaca pelo empenho em financiar projetos que abordam questões ambientais, sociais e econômicas da região, visando ao desenvolvimento sustentável. Suas novas parcerias com instituições acadêmicas, científicas e de diversas outras vertentes ampliam o impacto das pesquisas, favorecendo a colaboração interdisciplinar e privilegiando o interesse no investimento em ciência.

Outra pesquisadora contemplada por meio de um edital INCT é Marta Chagas Monteiro, aprovada na Chamada Programa Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia com a pesquisa “INCT - Prospecção de Biocompostos Amazônicos com Potencial Ação Contra Agentes Infecciosos Emergentes e/ou Resistentes para Obtenção de Produtos Farmacêuticos”, que busca investigar sistematicamente os compostos bioativos presentes em óleos e extratos vegetais e metabólitos de fungos endofíticos, provenientes da Amazônia.

“O apoio financeiro da Fapespa ao Projeto INCT PROBIAM é de suma importância para a elevação da pesquisa na região Norte, pois permite que a pesquisa elaborada tenha como sede a Amazônia, principalmente o Pará. Além disso, a união entre a Fapespa e o CNPq estimula a capacitação de novos pesquisadores, visto que contribuem para a implementação de programas de bolsa e incentivos, promovendo a formação de profissionais capazes de propagar o avanço científico no País, especialmente em regiões com particularidades, como a Amazônia, que possui impacto direto na sociedade”, avalia Marta Chagas Monteiro.

Novidade - Ainda neste ano, a Fapespa participará da 8ª edição do Programa Pesquisa para o SUS (Sistema Único de Saúde), em parceria com o Ministério da Saúde e CNPq, que resultará em um edital de R$ 6 milhões para projetos de pesquisa na área de saúde pública. O programa é dedicado ao financiamento de projetos de pesquisa que apresentem novas soluções, com potencial para serem incorporadas ao SUS.

A Fapespa trabalha com o Ministério da Saúde e o Departamento de Ciência e Tecnologia (Decit), responsável por coordenar nacionalmente o programa de pesquisa, e que no Pará está sendo construído em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa).

No momento atual, o esforço da instituição é ajudar na definição das linhas de pesquisa que subsidiarão a construção do edital, buscando o alinhamento com as demandas, segundo os pesquisadores e profissionais de saúde no Pará, e validação com a participação da comunidade cientifica local. A previsão de lançamento do edital é no segundo semestre de 2024.

A expectativa da Fapespa é conseguir enfrentar os principais desafios, por meio de eixos temáticos e linhas prioritárias, a serem descritos para receber propostas de alta qualidade, e buscar financiamentos aos projetos que possam impactar, positivamente, o SUS, incorporando novas tecnologias ao Sistema para beneficiar principalmente a população do Pará.