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Casal imperial passeia pela orla de Belém

Por Redação - Agência PA (SECOM)
04/11/2015 12h40

A primeira lancha rápida que, a partir desta quinta-feira, 5, realizará viagens diárias de Belém à Soure e Salvaterra, no Marajó, num percurso de apenas duas horas, recebeu dois passageiros ilustres na manhã desta quarta-feira, 4: o príncipe Akishino, segundo filho do Imperador Akihito, do Japão, e a sua esposa, a princesa Kiko, que desde ontem, 3, cumprem agenda na cidade, como parte das comemorações pelos 120 anos do Tratado de Amizade, Cooperação e Integração Cultural entre Brasil e Japão. Por cerca de 50 minutos, o casal imperial, junto com a comitiva japonesa, percorreu parte da orla da cidade, com direito a uma rápida parada na Ilha do Combu.

Com a sua própria câmera, o príncipe Akishino aproveitou para tirar fotos da paisagem belenense e demonstrou interesse sobre o dia a dia das comunidades que moram nas ilhas, os ribeirinhos. O secretário Adenauer Góes, de Turismo, que acompanhou o casal durante todo o percurso, disse que o príncipe se surpreendeu ao saber como é colhido o principal fruto paraense. “Ele viu um pé de açaizeiro, foi quando expliquei para ele que para colher o fruto, o caboclo sobe com os próprios pés na árvore”, contou Adenauer, acrescentando que o dia o dia dos ribeirinhos foi um dos maiores interesses de Akishino e Kiko. “Eles queriam compreender como é a vida do caboclo paraense”, disse.

Antes, o casal tinha visitado o Ver-o-Peso, considerada a maior feira a céu aberto da América Latina. Lá, o príncipe chegou conversar com vendedores, sobretudo de aves e peixes, uma das paixões de Akishino. Tanto que, depois de concluir o curso universitário, ele deixou o Japão para estudar na Universidade Oxford, na Inglaterra, onde se especializou em taxonomia de peixes. Antes, Akishino já era conhecido como ictiólogo, com especial interesse por bagres. Posteriormente, o príncipe passou a se interessar por ornitologia (ramo da biologia que se dedica ao estudo das aves) “Esse universo é a essência do paraense, e ele percebeu isso”, completou Adenauer.  

Bem disposto, Akishino passou a viagem toda conversando com Adenauer e, durante a parada na Ilha do Combu, fez questão de ir para frente da lancha e tirar fotos do local. Na chegada ao Terminal Hidroviário de Belém, de onde a lancha tinha partido, o príncipe posou ao lado de Adenauer e de Abraão Benassuly, presidente da companhia de Portos do Pará. Em seguida, chamou a esposa para posar novamente para as fotos, ainda em cima da lancha e tendo a Baía do Guajará como pano de fundo. Mas desta vez, Akishino fez questão de chamar o fotógrafo oficial da comitiva japonesa para garantir a recordação.   

Depois, o casal seguiu para o Museu Emílio Goeldi. Às 16h14, a comitiva imperial de despede de Belém e parte para Brasília (DF). Desde o dia 28, Akishino e Kiko já passaram por seis cidades e três estados (São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul). O último destino é o Rio de Janeiro. Em Belém, única cidade do Norte a ser visitada, a família imperial se reuniu com o governador Simão Jatene na noite de ontem, no Palácio Lauro Sodré. Antes, o casal também havia se reunido com representantes nikkeis da Amazônia, lideranças e políticos e conheceu a história dos pioneiros no Estado. Atualmente, o Brasil abriga a maior comunidade japonesa fora do Japão, com cerca de 1,5 milhão de pessoas.

Lancha – A partir de amanhã, a mesma embarcação que transportou o casal imperial estará disponível à população, fazendo a linha Belém-Marajó. As viagens serão diárias, de segunda sexta, partindo do terminal Hidroviário de Belém sempre às 8h. A volta, de segunda a sexta, ocorrerá às 16h30, do Trapiche de Soure. Aos domingos, a lancha voltará para Belém às 16h30.  “Esse era um sonho antigo da população do Marajó, de uma embarcação mais rápida e confortável, e que agora é atendido pelo Governo do Estado”, destaca Benassuly.  A lancha faz a viagem de ida para Soure em duas horas, e de volta a Belém em uma hora e 55 minutos.

Para viabilizar o novo recurso, foi feita uma licitação, vencida pela empresa Tapajós. Ainda este ano, a expectativa da empresa é fazer a mesma viagem até Salvaterra. A empresa faz parte do grupo Ouro e Prata, do Rio Grande do Sul, e está estabelecida há dez anos na região oeste do Pará, com sede em Santarém. Já a lancha é feita em fibra de carbono, com dois cascos, tem capacidade para 132 passageiros sentados, poltronas confortáveis, serviço de bar e lanche, internet com Wi-fi e todos os itens de segurança. O início da linha ligando a capital Belém à ilha do Marajó ocorreu antes mesmo do previsto, que era dezembro deste ano.