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SEGURANÇA PÚBLICA

Polícia Civil do Pará registra dois anos sem ataques a carros-fortes

Estado também consegue coibir, com ações preventivas, crimes violentos contra instituições financeiras na modalidade 'novo cangaço'

Por Bruna Ribeiro (PC)
03/10/2024 12h53

Armamento apreendido por agentes da Polícia Civil do ParáNesta quinta-feira (3), o Estado do Pará completou dois anos sem ataques a carros-fortes de empresas de transporte de valores. Esta conquista ocorre logo após, em 8 de setembro deste ano, o Estado também ter registrado um ano sem ações criminosas violentas contra instituições financeiras na modalidade “novo cangaço”, marcando um período inédito de estabilidade e segurança.

De acordo com dados da Secretaria-Adjunta de Inteligência e Análise Criminal (Siac), vinculada à Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), o último caso ocorreu na Vila Sororó, município de Marabá, sudeste paraense, em 3 de outubro de 2022.

Os resultados expressivos são frutos da atuação da Polícia Civil, por meio da Delegacia de Repressão a Roubo a Bancos e Antissequestro (DRRBA), vinculada à Divisão de Repressão ao Crime Organizado (DRCO). “Este marco é também resultado de um trabalho integrado entre diferentes órgãos de segurança pública e a colaboração com instituições financeiras. O uso de tecnologia e métodos de inteligência foi fundamental para que conseguíssemos manter essa estabilidade”, afirma o delegado-geral da Polícia Civil, Walter Resende, destacando a importância da cooperação interinstitucional.

O trabalho da Polícia Civil usa tecnologia e métodos de inteligênciacontam Resultados - De 2020 a 2024, a DRRBA instaurou 79 inquéritos, realizou 112 operações e efetuou 263 prisões, além da apreender 63 armas e 148 quilos de explosivos. A delegacia especializada foi fundamental na prisão de membros de grupos criminosos que atuavam no Estado e na apreensão de armamentos pesados, como fuzis calibre .50 – capazes de derrubar aeronaves e perfurar blindagens – além de grande quantidade de explosivos. As operações culminaram na recuperação de valores roubados, desarticulando quadrilhas especializadas em ataques violentos.

“Mesmo durante os dois anos sem registros de ataques, a DRRBA manteve uma atuação ativa, executando 40 mandados de prisão expedidos contra indivíduos envolvidos em crimes contra instituições financeiras e empresas de transporte de valores, entre 2023 e 2024. Esse esforço constante demonstra o comprometimento da Delegacia em prevenir o crime antes mesmo de ele ocorrer”, destaca o delegado Fausto Bulcão, titular da Divisão de Repressão ao Crime Organizado (DRCO).