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Biólogos do Ideflor-Bio participam de treinamento no Projeto Tamar em Sergipe

Atividade é parte de um esforço para ampliar ações de monitoramento e proteção das tartarugas no Pará

Por Vinícius Leal (IDEFLOR-BIO)
27/09/2024 21h10

Uma comitiva de biólogos do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio) está em Aracaju, Sergipe, para um treinamento na base da Fundação Projeto Tamar e no Centro Tamar, que é conduzido pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). O objetivo é aperfeiçoar técnicas de manejo e conservação de quelônios, desenvolvidas pelos servidores paraenses, com vistas à aplicação em programas estaduais. A atividade é parte de um esforço para ampliar ações de monitoramento e proteção dessas espécies no Pará.

Segundo o presidente do Ideflor-Bio, Nilson Pinto, o treinamento é estratégico para o órgão ambiental. “Queremos executar o protocolo de monitoramento no Pará, visto que já realizamos atividades de conservação de quelônios em áreas como no rio Xingu, Araguaia, no Marajó e no litoral paraense. A ideia é expandir essa atividade para todo o estado", afirmou. Ele destacou, ainda, que um novo projeto de monitoramento de quelônios será iniciado ainda este ano.  

A bióloga Priscila Fonseca, que faz parte da equipe de especialistas, explicou a relevância do treinamento em Sergipe. “Viemos ao Tamar para realizar um treinamento de monitoramento de tartarugas marinhas, mas o mesmo protocolo pode ser aplicado às nossas espécies amazônicas, como o tracajá, o pitiú e as tartarugas-da-amazônia. Além disso, é importante destacar que temos tartarugas marinhas no litoral paraense, o que torna essa capacitação ainda mais importante”, destacou.

Expertise - A Fundação Projeto Tamar é uma referência internacional na proteção de tartarugas marinhas, sendo responsável por ações de pesquisa, educação ambiental e inclusão social em diversas partes do Brasil. Desde sua criação, a iniciativa tem contribuído significativamente para a recuperação de espécies ameaçadas, como as tartarugas-verdes e as tartarugas-de-couro.

A equipe do Ideflor-Bio, composta por biólogos com mestrado e doutorado, atuam em diversas regiões paraenses, incluindo as áreas de maior incidência de reprodução de tartarugas marinhas e de água doce. O grupo exerce funções em gerências do órgão no nordeste, oeste, sudeste do estado e no Arquipélago do Marajó, locais considerados estratégicos para a conservação dos quelônios.

Aprendizado - Além do aperfeiçoamento técnico, a troca de experiências entre os biólogos paraenses e os profissionais da Fundação Projeto Tamar foi apontada como um dos pontos altos da visita. “O contato com uma equipe tão qualificada e experiente nos proporciona novas perspectivas e técnicas que certamente vão aprimorar o nosso trabalho no Pará”, ressaltou a bióloga Lorena Lisboa.

A expectativa é que, com o início do projeto estadual ainda este ano, o Pará possa fortalecer suas políticas de conservação de quelônios, contribuindo para a proteção dessas espécies e de seus habitats em todo o território paraense.

O diretor de Gestão e Monitoramento de Unidades de Conservação, Ellivelton Carvalho, enfatizou que essa parceria entre o Ideflor-Bio e o Projeto Tamar representa uma oportunidade de elevar o padrão de conservação no Pará. “O conhecimento adquirido aqui será fundamental para garantir o sucesso das nossas futuras ações de manejo de quelônios em todo o estado”, concluiu.