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RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

Pará marca presença na I Conferência Nacional de Relações Internacionais

Por Redação - Agência PA (SECOM)
07/11/2015 14h24

Nessa semana, governantes e acadêmicos debateram o papel dos Estados nas relações internacionais e “os novos rumos da Paradiplomacia”, durante a I Conferência Nacional de Relações Internacionais. O evento discutiu ebateu o papel de cada Estado na divulgação e relacionamento internacional, discutindo e fortalecendo a paradiplomacia (atividades internacionais executadas pelos entes subnacionais). A programação contou com palestras e mesas redondas, no Costão do Santinho, em Florianópolis (SC).

A coordenadora de Relações Internacionais do Governo do Pará, Larissa Chermont, representou o Estado no evento. “O evento veio ao encontro dos anseios dos gestores de relações internacionais, pois há muito que os governos subnacionais atuam em atividades da chamada paradiplomacia sem ter um fórum próprio para colaboração e criação de canais de diálogo com os atores internacionais e governo federal. Temos reforçado muito o canal de diálogo com instituições e governos de outros países, pois esta tem sido uma estratégia do Pará na busca e consolidação de novos investimentos que geram emprego e renda no nosso Estado”, disse. Larissa proferiu palestra no evento, durante o painel “Diálogos de fronteira: os desafios da cooperação transfronteiriça e a imigração”.

Participaram da conferência alguns dos maiores pesquisadores do mundo neste assunto: os professores internacionais Michael Keating (Universidade de Aberdeen, Escócia) e Noe Cornago (Universidade do País Basco, Espanha). Também estiveram presentes cônsules e representantes dos consulados de oito países: Alemanha, Cantão, Costa Rica, Bulgária, Áustria, Portugal, Paraguai e Argentina, além de professores das universidades do País Basco, Escócia e Colômbia. 

Abrindo a Conferência, o governador Raimundo Colombo destacou o papel de Santa Catarina na promoção internacional. “O Estado tem um histórico de integração cultural, econômica, social e institucional com diversos países. A busca dessa integração, a abertura de portas e o maior convívio é de fato um grande avanço para nós”, disse Colombo.

Um dos idealizadores do evento, secretário de Assuntos Internacionais, Carlos Adauto Virmond, destacou que a paradiplomacia é um dos caminhos para o país enfrentar as atuais dificuldades econômicas. “Este é um meio de fortalecer o Brasil, com os Estados se relacionando internacionalmente, fazendo acordos comerciais, por exemplo, e de forma harmônica com o Ministério de Relações Exteriores”, apontou.

Segundo Virmond, os encontros marcam o novo momento das relações internacionais de Santa Catarina. “É uma grande oportunidade para discutirmos o papel dos estados federados nas relações internacionais e Santa Catarina dá uma importante contribuição ao debate, uma vez que sempre colhemos bons frutos com a nossa atuação internacional”, aponta o secretário, citando a atração da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil, da BWM e a recente realização do Encontro Econômico Brasil-Alemanha.

Carta de Florianópolis

Em paralelo à conferência, onze representantes de nove Estados mais o Distrito Federal (BA, GO, MT, RJ, RR, SP, PA, MG, SC e DF) se reuniram para discutir a constituição do Fórum Nacional de Gestores e Assessores de Estaduais de Relações Internacionais e debater a forma de atuação de cada Estado e seus limites. Nas reuniões, o grupo finalizou a Carta de Florianópolis. O objetivo é dinamizar e harmonizar o relacionamento de cada ente com outros países e estados internacionais. O Fórum também buscará estabelecer uma pauta comum a todas as unidades federativas com a finalidade de elevar o nível da atuação dos estados na paradiplomacia.

A Carta de Florianópolis consolida a criação do Fórum Nacional de Gestores e Assessores de Relações Internacionais. “Era uma demanda de décadas, inédita no mundo, e que agora está sendo normatizada no Brasil. Santa Catarina sai como grande líder do fórum”, afirma o secretário de Relações Internacionais, Carlos Adauto Virmond. Com isso, os estados terão maior poder de diálogo com o governo federal. No futuro, segundo o secretário, a intenção é sugerir a criação do Conselho de Relações Internacionais dentro do Ministério das Relações Internacionais com a participação das 27 unidades federativas brasileiras.

Além dos acadêmicos e pesquisadores, representantes de governos estaduais também participaram das mesas e painéis para discutir aspectos jurídicos, desenvolvimento econômico sustentável, investimentos, cooperação transfronteiriça e segurança pública. No evento, também são apresentados “cases” na área internacional dos Estados brasileiros. (Com informações de Rafael Paulo, da Secretaria de Relações Internacionais do Governo de Santa Catarina)