Ideflor-Bio entrega 21 mil sementes de cacau e 40 mil sacos de mudas para fomentar Sistemas Agroflorestais no Marajó
Iniciativa é parte do esforço contínuo de promover a agricultura familiar sustentável e a recuperação ambiental em áreas prioritárias da região
Municípios do Arquipélago do Marajó foram contemplados com a entrega de 21 mil sementes de cacau e 40 mil sacos de mudas para comunidades e projetos vinculados ao Programa Sistemas Agroflorestais (PROSAF), conduzido pelo Governo do Pará, por meio do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio). A iniciativa é parte do esforço contínuo de promover a agricultura familiar sustentável e a recuperação ambiental em áreas prioritárias da região.
A operação logística montada pela Diretoria de Desenvolvimento da Cadeia Florestal (DDF) foi uma verdadeira missão, mobilizando equipes desde a coleta das sementes, o transporte até o Ideflor-Bio em Belém e, de lá, a distribuição para os municípios de Portel, Breves, Bagre, Oeiras do Pará, Ponta de Pedras, Soure e Salvaterra. Essas localidades são historicamente importantes para o extrativismo e a agricultura de subsistência, e a chegada desses insumos promete fortalecer ainda mais as práticas agroflorestais sustentáveis nas comunidades.
Portel foi um dos principais destinatários, recebendo as sementes e sacos de mudas para vários Projeto Estadual de Assentamento Agroextrativista (PEAEXs), como Alto Camarapí, Acangatá e Acutipereira, além de órgãos como o Secretaria de Agricultura, Tecnologia e Desenvolvimento Florestal (SETAF) do município. Em Breves, o Instituto Federal do Pará (IFPA), a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater-PA) e as comunidades de Santa Luzia e São Miguel também foram contemplados, assim como a Reserva Extrativista (RESEX) Mapuá, área de relevante importância ecológica e social.
Bagre, Oeiras do Pará e Ponta de Pedras também foram beneficiados, com destaque para as secretarias municipais de Meio Ambiente (SEMMA) e Agricultura (SEMAGRI), que estão diretamente envolvidas na gestão das reservas extrativistas e áreas de produção agroflorestal. Em Soure, a parceria com o Escritório Regional do Marajó Oriental do Ideflor-Bio e a SEMAGRI, também resultou na entrega de materiais, e em Salvaterra, a Escola Técnica de Educação Profissional e Tecnológica do Estado do Pará (ETEEPA) recebeu parte dos insumos para projetos de formação técnica em práticas agroflorestais.
Fomento - O presidente do Ideflor-Bio, Nilson Pinto, destacou a importância dessa ação para a sustentabilidade no Marajó. “Essa entrega é mais um passo no fortalecimento da agricultura familiar e da preservação ambiental na região. O cacau, além de ser uma cultura que gera renda, contribui para a conservação da biodiversidade local. Estamos não apenas ajudando a produção, mas também incentivando o uso sustentável dos recursos naturais”, afirmou.
Já o titular da DDF, Vicente Neto, ressaltou a complexidade da operação e o impacto positivo para os pequenos produtores. “Fazer chegar essas sementes e sacos de mudas às áreas mais remotas do Marajó não é simples, mas é essencial para garantir que as comunidades possam ter os recursos necessários para expandir suas práticas sustentáveis. O PROSAF tem esse papel de unir produção e conservação, e essas entregas são uma ferramenta poderosa nesse processo”, explicou o diretor.
Produtividade - Com a distribuição concluída, a expectativa é que as sementes de cacau e os sacos de mudas fortaleçam a recuperação de áreas degradadas e incentivem a expansão de sistemas agroflorestais no Marajó, promovendo uma agricultura familiar sustentável que valoriza o potencial econômico e ecológico da região. Vale frisar que todos os beneficiários dispõem de viveiros implantados pelo Ideflor-Bio, por meio do PROSAF, e que produzem milhares de mudas para recuperação de áreas alteradas e produção sustentável através dos Sistemas Agroflorestais (SAFs).
O engenheiro florestal e técnico do Ideflor-Bio, Daniel Francez, que participou diretamente da distribuição dos materiais, comentou sobre a receptividade das comunidades. “As pessoas ficaram muito animadas com a chegada das sementes de cacau. Para muitos, isso representa não apenas uma nova safra, mas uma oportunidade de continuar investindo em práticas que mantêm a floresta em pé e ao mesmo tempo geram sustento para suas famílias”, relatou o especialista.