Projetos estruturantes do Hospital Ophir Loyola fortalecem assistência aos pacientes

Apresentação de projetos de reestruturação do Hospital que é referência para tratamento oncológicoO Hospital Ophir Loyola (HOL), em Belém, desenvolve simultaneamente diversos projetos estruturantes para fortalecer a qualidade da assistência oferecida aos seus pacientes. As etapas do planejamento estratégico já estão em curso com a implantação de sistema de gestão, obras e captação de recursos, com a finalidade de garantir a modernização dos diversos serviços e ambientes do Hospital e, consequentemente, dispor do melhor atendimento possível aos usuários dos 144 municípios paraenses. Dentre as ações estruturantes estão a implantação do Sistema Digital de Gestão Hospitalar  - Soul MV.

Diretor-geral do HOL, Jaques Neves: modernização permite decisões "mais assertivas"O diretor-geral do HOL, Jaques Neves, destaca que a solução digital vai substituir o trabalho manual e integrar todas as informações sobre os serviços, desde o agendamento de consultas até a gestão financeira, influenciando diretamente nas ações aplicadas para atender às necessidades dos pacientes. “Ter um sistema de gestão para automatizar e integrar os processos institucionais é indispensável para a tomada de decisões mais assertivas e aperfeiçoar a performance hospitalar e dos servidores das áreas administrativas e assistenciais”, informa.

A gestão também conseguiu um aumento na captação dos recursos de produtividade nas ações de média e alta complexidade (MAC), que garantiu um acréscimo de 254% no valor do financiamento de cerca de R$ 7 milhões do Fundo de Ações Estratégicas e Compensação (Faec), do Ministério da Saúde (SUS), de janeiro a julho de 2024. “O aumento do Faec representa um esforço para aumentar a produtividade da instituição no sentido de executar o nosso planejamento estratégico. Inclusive, a habilitação de novos serviços e procedimentos”, ressaltou Jaques Neves.

Sistema MV em fase de implantaçãoRecursos - O Hospital alcançou ainda crescimento do orçamento em custeio - recursos aplicados no patrimônio, como obras, construções, instalações e aquisições necessárias ao desenvolvimento das atividades. O orçamento passou de R$ 9,5 milhões para R$ 16,5 milhões, representando um acréscimo de 73,68%. A diligência representa a otimização da assistência e a eficiência no abastecimento de medicamentos, materiais permanentes e pagamento das empresas terceirizadas.

“Esse reforço representa um impacto direto na assistência ao paciente, porque o HOL se manteve com um recurso deficitário por muitos anos, com despesas superiores à receita. A nossa gestão, com o apoio do governo do Estado, conseguiu fazer um movimento junto à Secretaria de Estado de Planejamento e Administração (Seplad), Secretaria de Estado de Fazenda (Sefa) e Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa)  no sentido de diminuir esse déficit que o Hospital tinha entre receita e despesa”, acrescentou Jaques Neves.

Rose Lima: esforço por uma nova estruturaModelo - Para o fortalecimento dos processos de gestão também está prevista a revisão da Lei nº 6.823, de 1º de fevereiro de 2006, que criou e estabeleceu o modelo organizacional da autarquia HOL. “À época, o Hospital possuía outra estrutura, portanto, a legislação já não atende às necessidades atuais, como as referências em oncologia, neurologia, neurocirurgia e transplantes. Iniciaremos um estudo para mudar a organização do organograma funcional, modificar o quantitativo de recursos humanos que está dentro da lei e as atribuições dos cargos de várias categorias profissionais”, explicou a coordenadora da Assessoria de Planejamento Estratégico (Asplan), Rose Lima.

Ainda segundo a assessora, está em fase de negociação com a Seplad a realização de um novo concurso para provimento de cargos de nível médio e superior. E foi iniciado o processo de pejotização médica, que busca conseguir manter os especialistas na instituição. O credenciamento, via Chamamento Público, já está disponível no site do Hospital, no Portal de Compras do governo federal  e do governo estadual.

“Existe uma dificuldade em manter médicos especialistas no Hospital, porém a pejotização permitirá que o Hospital consiga manter e suprir a demanda por esses profissionais especializados e garantir a ampliação do número de atendimentos de alta complexidade, como consultas e cirurgias”, destacou Rose Lima.

Obras - Em setembro foi entregue a obra da Unidade Administrativa “Dr. Eugênio Soares”, com a adequação às necessidades atuais de infraestrutura conforme a legislação vigente para preservação do patrimônio histórico e cultural. Da mesma maneira, o novo Laboratório de Análises Clínicas e o novo Serviço de Radioterapia, que garantirão mais celeridade às avaliações diagnósticas e intervenções terapêuticas, além de melhor operacionalização e resolutividade da assistência oncológica.

“Agora, trabalhamos, junto ao governo do Estado, para entregar a Medicina Nuclear e o Centro de Material Esterilizado, que já estão com 65% e 45% das obras concluídas, respectivamente. Também já temos um projeto para reforma, ampliação  e adequação da Unidade de Atendimento Imediato, e novo ambulatório está em fase de negociação para locação do imóvel, para permitir a reconstrução do prédio atual”, adiantou Jaques Neves.