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EDUCAÇÃO E CULTURA

Estudantes de escola estadual aprendem literatura, cultura regional e novas habilidades com criação de curtas-metragens

Projeto desenvolvido nas aulas de Língua Portuguesa despertou o interesse e engajamento dos estudantes com leitura de obras, construção e adaptação de roteiros

Por Elisângela Soares (SEDUC)
20/09/2024 17h40

Audiovisual, literatura e cultura regional envolveram os estudantes da Escola Estadual de Ensino Médio Professora Albanízia de Oliveira Lima, localizada em Belém, dentro de um projeto de produção de curtas-metragens de adaptações literárias, desenvolvido nas aulas de Língua Portuguesa. Tendo como tema os contos da escritora Lygia Fagundes Telles, as turmas da 2ª série do Ensino Médio leram obras, produziram roteiro, adaptaram os contos para a cultura paraense, gravaram curtas-metragens e making-of. A exibição dos conteúdos foi feita na segunda-feira (16) com direito a pipoca e mobilização da comunidade escolar.

A iniciativa despertou o interesse e engajamento dos estudantes, que se dedicaram para entregar bons resultados. Como explica Milton Luz, um dos professores responsáveis pelo projeto. “O projeto fez parte da avaliação dos alunos e nós escolhemos a coletânea de contos da Lygia Fagundes Telles, ‘Venha Ver o Pôr do Sol e Outros Contos’ e a partir daí os alunos fizeram uma adaptação, um roteiro e uma adaptação para apresentar. A maioria das turmas foi fiel, mas as minhas turmas, a gente conversou e decidimos que faríamos uma adaptação com a cultura paraense. O projeto teve boa repercussão na escola, os alunos gostaram. Nós disponibilizamos pipoca para os alunos prestigiarem, foi algo bem completo, bem interessante”, explicou o docente.

Para a estudante Luanna Marvão, participar do projeto foi gratificante e despertou interesse e novas habilidades. “Participar diretamente da produção do curta-metragem foi bem trabalhoso, mas ao mesmo tempo gratificante por ver o resultado que a gente alcançou. É uma atividade que eu quero fazer de novo em outra oportunidade, ainda mais porque foge do modelo usual de avaliação como provas ou seminários. E uma das coisas que eu aprendi e que fiquei mais atenta foi a produção de roteiro para vídeos. Acredito que o curta foi importante para que nós, alunos, pudéssemos trabalhar, transmitir nossas ideias com mais clareza, o que nos ajuda com a redação ou em qualquer outra matéria, por exemplo. E tendo em vista que a linguagem dos contos é bem menos direta do que a do curta-metragem, a gente teve que fazer toda uma adaptação do conto em si para uma linguagem mais fácil e mais clara para a melhor compreensão e isso foi muito bom”, ponderou.

Segundo a estudante Ana Luisa Rodrigues, a proposta do projeto foi diferente e fundamental para reforçar a cultura paraense. “Gostei muito de participar, até porque é uma coisa diferente, é uma proposta diferente do habitual. E, sinceramente, o que eu mais gostei de aprender foi sobre a cultura paraense porque a gente teve que pesquisar bastante sobre a cultura paraense, sobre a cultura regional. Pesquisamos costumes, ditados e dialetos mais antigos para conseguir produzir o curta”, destacou.

O projeto de produção de curtas-metragens deu tão certo que as turmas já começaram a planejar a produção de longas-metragens para a 4ª avaliação de Língua Portuguesa na escola. “As turmas gostaram e já estamos com o projeto de fazer longa-metragem para a quarta avaliação. Decidimos que vamos trabalhar uma obra do escritor brasileiro Machado de Assis. Uma obra bem conhecida do Machado de Assis, que eu não quero dar spoiler ainda”, contou o professor Milton Luz.

Texto: Fernanda Cavalcante - Ascom Seduc