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Polícia Científica chega a 102 'matchs' de projéteis e estojos encontrados em locais de crime

A colocação no top 10 contempla as compatibilidades analisadas pelos peritos criminais do núcleo de balística com a ajuda do sistema IBIS, instalados na sede da Polícia Científica, em Belém, e na Coordenadoria Regional de Marabá

Por Thiago Maia (Pol. Científica)
19/09/2024 16h36

O Núcleo de Balística Forense da Polícia Científica do Pará (PCEPA) chegou aos 102 hits (ou “matchs”/compatibilidade) entre provas encontradas no local do crime e os projéteis e estojos provenientes de armas de fogo relacionadas às ocorrências. Dentre os hits, 74 casos estão interligados entre si. O dado está sendo contabilizado desde o início da implantação do Sistema Nacional de Análise Balística (Sinab), do Ministério da Justiça e Segurança Pública, em abril de 2022, no Pará.

No Congresso Nacional de Criminalística, ocorrido no início deste mês, no Maranhão, a PCEPA foi premiada, estando entre os 10 estados com maior número de hits. A colocação contempla as compatibilidades analisadas pelos peritos criminais do núcleo com a ajuda dos dois aparelhos IBIS, que existem hoje no Pará - tanto o que está na sede da PCEPA em Belém, adquirido pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), quanto o implantado na Coordenadoria Regional de Marabá, em funcionamento desde junho do ano passado, e adquirido por meio do Governo do Estado. Atualmente, o Pará já tem 2.000 inserções de materiais balísticos no Sinab, entre projéteis e estojos, sendo a maioria advindos de homicídios.

O Pará foi o primeiro Estado da Região Norte onde o Sinab foi implantado, com mais 5 Estados. Atualmente, o IBIS já está presente em todos os Estados brasileiros, mais o Distrito Federal. O processo de elucidação de um crime começa na coleta de projéteis e estojos deflagrados no local do ocorrido. A partir disso, o material passa por análises e em seguida é enviado ao Banco Nacional de Perfis Balísticos, plataforma que permite o confronto com amostras de outras localidades do Brasil 

O perito criminal do Núcleo de Balística Forense e Administrador Local do Sinab em Belém, Tarcísio Carvalho, explica que o equipamento não dispensa a participação do perito criminal. “É um aparelho que exige a análise prévia do material recolhido em local do crime ou necropsia e de exames especializados em microscópios comparadores. Precisamos trabalhar bastante na seleção das peças e na análise delas. Após o trabalho, fazemos relatórios indicando a conexão entre os casos e enviamos para a autoridade solicitante”, explicou.

O diretor-geral da PCEPA, e perito criminal, Celso Mascarenhas, afirma que o aparelho é um investimento que transforma o modo de atuação da Polícia Científica. “A atuação da Polícia Científica deixa de ser apenas reativa, ou seja, dependente da solicitação dos órgãos competentes, passando a ter uma atuação muito mais ativa, sendo um instrumento de inteligência pericial”, afirmou o diretor.

Texto: Amanda Monteiro/ASCOM PCEPA