Polícia Civil inicia 'DEAM Itinerante' para ampliar o atendimento às mulheres vítimas de violência, em Marabá
O projeto busca expandir e fortalecer os serviços da Deam, oferecendo atendimento policial e jurídico em áreas mais afastadas, com ênfase no atendimento às mulheres em situação de violência doméstica
Nesta quarta-feira, 18, a Polícia Civil do Pará iniciou o projeto 'DEAM Itinerante', em Marabá, sudeste paraense, com o objetivo de atender pessoas que moram longe da sede policial e não possuem recursos para se deslocarem.
A iniciativa é promovida pela Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM), vinculada à Diretoria de Polícia do Interior (DPI), e contou com a participação da Delegacia Especializada no Atendimento à Criança e ao Adolescente (DEACA) do município. Neste primeiro momento, o evento foi realizado no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) do Núcleo Morada Nova, mas, futuramente, será levada para outras localidades.
Para Walter Resende, delegado-geral da Polícia Civil do Pará, a iniciativa "é de extrema importância, pois visa expandir e fortalecer os serviços da Deam, oferecendo atendimento policial e jurídico em áreas mais afastadas, com ênfase no atendimento às mulheres em situação de violência doméstica", pontuou o gestor da PCPA.
Dentre os serviços prestados pela Delegacia da Mulher, a DEAM 'Itinerante' ofertará: registro de boletins de ocorrência, emissão de medidas protetivas de urgência e prestação de orientações jurídicas com base na Lei Maria da Penha.
Para a delegada titular da DEAM de Marabá, Bianca Vieira, "a iniciativa ajudará a levar atendimento e justiça para mulheres que moram longe da unidade, pois, por exemplo, uma mulher sofreu violência doméstica, mas como ela não tem os recursos financeiros necessários, ela acaba não comparecendo até a delegacia. Desta forma, por não termos ciência sobre o ocorrido, a vítima acaba ficando sem proteção de medida protetiva e sem registrar ocorrência, permanecendo, muita das vezes, no ciclo da violência".
Hoje, os presentes puderam ser orientados sobre as formas de prevenção e combate à violência doméstica, além de serem informados acerca dos direitos previstos na Lei Maria da Penha.
Texto: Paula Almeida, sob supervisão de Lilian Guedes