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Ophir Loyola destaca importância do diagnóstico correto

Programação debateu diversos aspectos que envolvem o comprometimento com a segurança do paciente e reuniu profissionais e estudantes no auditório da instituição

Por Leila Cruz (HOL)
17/09/2024 18h00

Conforme dados divulgados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), estima-se que 134 milhões de eventos adversos e 2,6 milhões de mortes por ano ocorrem devido a cuidados realizados sem a devida segurança nas instituições de saúde em todo o mundo. Os números alarmantes levaram à criação do Dia Mundial da Segurança do Paciente, celebrado nesta terça-feira, 17. O Hospital Ophir Loyola (HOL) aderiu à campanha que traz o tema "Melhorando o Diagnóstico para a Segurança do Paciente" com o slogan "Faça certo, faça seguro". O objetivo é reduzir os erros de diagnóstico mediante a adoção de medidas de prevenção. 

Em meio a programação, os participantes debateram a temática por meio de palestras e rodas de conversa no auditório Luiz Geolás. Estiveram presentes na mesa de abertura: o diretor-geral, Jaques Neves; a diretora Clínica, Vânia Brilhante, o diretor de Administração e Finanças, Fernando Velasco e Alzinei Simor representando a diretora de Ensino e Pesquisa, Margareth Braun.

A coordenadora da Assessoria de Qualidade e Segurança do Paciente (ASQS), Alessandra Leal, abordou sobre os Avanços para o Cumprimento do Plano Mundial de Segurança do Paciente (2021-2030), aprovado pela 74ª Assembleia Mundial de Saúde. Segundo a médica, os diagnósticos incorretos são uma das maiores causas da judicialização da saúde e, por um longo período, os profissionais de saúde direcionavam a atenção somente para os processos, mas não para fazer um diagnóstico correto em tempo hábil.

“Para se ter ideia, cerca de 5% dos pacientes em atendimento ambulatorial nos Estados Unidos recebem um diagnóstico incorreto. Não envolve apenas o diagnóstico médico, mas todos os profissionais que fazem diagnóstico na área de saúde. Portanto, o tema nos faz refletir sobre a importância de um diagnóstico assertivo, em tempo hábil, para que o paciente receba o tratamento adequado e não possa vir a óbito”, disse a coordenadora do ASQSl.

Na ocasião, Alessandra Leal ainda pontuou as melhorias alcançadas na cultura do paciente, ou seja, nos valores, nas atitudes, nas competências e nos comportamentos que determinam o comprometimento com a gestão da saúde e da segurança no HOL.  A médica destacou um levantamento realizado por meio da aplicação de um questionário e que apontou os melhores resultados na aprendizagem organizacional, no trabalho em equipe e nas expectativas da direção e dos supervisores que favoreceram a segurança do paciente. 

“As ações de educação influenciaram o aumento das notificações, a maioria realizada por enfermeiros e médicos da instituição. Esses indicadores colaboram para o processo de trabalho ao apontarem aspectos que precisam ser melhorados para evitar riscos e falhas na assistência. As notificações deixam o atendimento mais seguro para o profissional de saúde e, sobretudo, para o paciente”, afirmou Alessandra Leal.

Na prática - O cirurgião oncológico Alessandro França discorreu sobre como melhorar o diagnóstico para a segurança do paciente. Segundo ele, não basta apenas indicar a situação clínica corretamente, mas acertar na forma de comunicar o quadro do paciente a ele e respectivos familiares, bem como deixá-lo ciente sobre o tempo necessário para fazer um determinado exame ou tratamento, de uma forma humanizada. 

“Precisamos ter calma e ouvi-lo mais, conversar com os familiares e ter a certeza de que o examinamos de forma adequada. Verificar todos os exames para orientá-lo de forma correta e segura e, principalmente, de maneira que consiga compreender todas as informações repassadas para que de fato ocorra uma comunicação efetiva”, afirmou França.

Engajamento - A psicóloga Rivonilda Graim falou sobre a importância de engajar pacientes e familiares no processo de diagnóstico seguro. “Precisamos trazer essas pessoas para mais perto para com intuito de fazê-las participar durante todo o processo de assistência. Mas precisamos fazer com que os direitos dos usuários sejam respeitados e sintam confiança nos profissionais para aderirem ao tratamento. Nós, enquanto profissionais de saúde, precisamos dar essa garantia a eles”, disse a psicóloga.

A programação também destacou ações de segurança na administração de hemocomponentes, na farmacovigilância, na diálise e nos serviços de diagnóstico por imagem do hospital.