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Polícia Científica participa de Mobilização Nacional de Coleta de DNA para identificação de desaparecidos

O material será processado e incluído no Banco Estadual de Perfis Genéticos para verificar uma possível correspondência com o material genético de cadáveres que também estão inseridos nesse banco

Por Thiago Maia (Pol. Científica)
11/09/2024 15h02

A Polícia Científica do Pará (PCEPA) participou da Mobilização Nacional de Coleta de DNA para identificação de desaparecidos, promovida pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). Em parceria com a Polícia Civil do Pará (PCPA), a iniciativa, que ocorreu entre os dias 26 e 30 do último mês, buscou coletar material genético de familiares de pessoas desaparecidas.

As coletas foram realizadas em 11 polos da Polícia Científica, tanto na sede, em Belém, quanto nas Coordenadorias Regionais de Castanhal, Altamira, Marabá e Santarém, e Núcleos Avançados de Bragança, Itaituba, Paragominas, Parauapebas e Tucuruí. Este ano, 40 famílias procuraram os polos da PCEPA para a coleta, totalizando 57 doadores. Somando à campanha de outros anos, atualmente, o banco estadual conta com 74 famílias e 143 doadores.

Os materiais genéticos coletados foram encaminhados para o Laboratório de Genética Forense da instituição. "O material será processado, posteriormente incluído no Banco Estadual de Perfis Genéticos para verificar um possível 'match', uma possível correspondência com o material genético de cadáveres que também estão inseridos nesse banco", explicou a perita criminal e gerente do Laboratório de Genética Forense, Elzemar Rodrigues.

A ação ocorreu de forma integrada com a Delegacia de Pessoas Desaparecidas, da Polícia Civil do Pará (PCPA), que fez o levantamento de aproximadamente 80 famílias, que foram acionadas por meio de uma carta convite, para participarem da ação. A campanha tem abrangência nacional, em cumprimento da Lei 13.812/19, que criou a Política Nacional de Pessoas Desaparecidas. O dispositivo legal reuniu todas as Secretarias de Segurança Pública do Brasil e as Polícias Científicas.

Este é um trabalho contínuo da Polícia Científica, que ocorre o ano inteiro. "Dessa vez, a integração com a PC foi maior, e também o MJSP foi mais presente, promovendo reuniões, tanto com o laboratório, quanto com outros membros da gestão da PCEPA. Esse é um trabalho contínuo da instituição, mas a campanha serve para divulgação desse trabalho para a sociedade, é um chamamento", completou a perita Elzemar.

"O número de famílias que nos procurou foi positivo em relação às campanhas anteriores. Tivemos uma boa integração com a Polícia Civil, além de disponibilizarmos materiais e servidores exclusivamente para o cadastro e coleta. O MJSP está fazendo um excelente trabalho e a campanha deste ano foi um sucesso", elogiou o perito criminal e diretor-geral da PCEPA, Celso Mascarenhas.

Texto: Amanda Monteiro/ASCOM PCEPA