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SAÚDE E INCLUSÃO

CIIR promove interação social durante sessão de cinema com reabilitandos

Ação voltada a usuários com TEA e com deficiência física e intelectual foi pensada para trabalhar, de forma lúdica, habilidades como a identificação, expressão emocional e de comunicação

Por Pallmer Barros (CIIR)
09/09/2024 16h47

A fim de auxiliar usuários com dificuldades de interação social, a equipe multiprofissional do Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação (CIIR), em Belém, promoveu, nesta segunda-feira (9), sessão de cinema voltado a usuários com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e com deficiência física e intelectual. Realizada no auditório da instituição, por meio do Grupo de Habilidades Socioemocionais, a ação de educação em saúde foi pensada para trabalhar, de forma lúdica, habilidades como a identificação, expressão emocional e de comunicação. 

Acompanhados das mães, a programação reuniu adolescentes de 12 a 18 anos, que indicaram o filme que queriam assistir para auxiliar no treino de habilidades socioemocionais, realizado semanalmente no Centro de Reabilitação, como explica Fernanda Monteiro, psicóloga clínica que conduziu a atividade.

“O filme foi escolhido pelos próprios usuários, que pediram novamente essa atividade já feita anteriormente com outro filme, o que demonstra a importância da atividade para eles. Dessa forma, podemos observar a iniciativa e o engajamento deles no grupo. Hoje foi a segunda e última parte do filme. Na próxima semana teremos a discussão”, revelou a profissional. 

Fernanda Monteiro, psicóloga clínica que conduziu a atividade

Para a psicóloga, a atividade de assistir a um filme pode ser muito rica para o desenvolvimento dessas habilidades, porque, primeiramente, a exibição proporciona uma forma de explorar e compreender emoções, conflitos e dinâmicas interpessoais e, ao assistirem, os adolescentes têm também a oportunidade de se conectar com personagens e situações que refletem desafios e experiências que eles mesmos podem estar enfrentando.

Fernanda também destacou a importância da presença das mães durante o treino de habilidades socioemocionais. “A presença delas é muito importante para estimular a participação ativa no tratamento dos filhos, já que a família tem um papel fundamental. Além disso, elas podem observar de perto como está ocorrendo o desenvolvimento de seus filhos em grupo”, disse.

É o caso de Vanessa Maciel, 41 anos, que participou da atividade com o filho, Matheus Maciel, 16 anos, usuário com TEA. A dona de casa comentou sobre a importância da atividade lúdica para a evolução do tratamento do filho. “O Matheus, quando chegou aqui, era uma criança muito intolerante, impaciente. Todo mundo percebia que ele quase não interagia com as pessoas, mas hoje em dia, por meio do Grupo de Habilidades Socioemocionais do CIIR, as atividades estão ajudando bastante no dia a dia, seja em casa ou na escola. Hoje, ele já consegue respeitar as diferenças com as outras crianças”, reconheceu a genitora. 

Durante a sessão de cinema, os participantes assistiram ao filme “Sonic”, personagem que representa a ficção de um ouriço na cor azul, muito famoso no mundo dos games e conhecido por sua super velocidade.

Sessões de cinema com usuários e familiares promovem interação social no CIIR

Referência - O CIIR é referência no Pará na assistência de média e alta complexidade às Pessoas com Deficiência (PcD) visual, física, auditiva e intelectual. Os usuários podem ter acesso aos serviços do Centro por meio de encaminhamento das unidades de Saúde, acolhidos pela Central de Regulação de cada município, que por sua vez encaminha à Regulação Estadual. O pedido será analisado conforme o perfil do usuário pelo Sistema de Regulação Estadual (SER).

Serviço: O Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação é um órgão do Governo do Pará administrado pelo Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH), em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). O Centro funciona na Rodovia Arthur Bernardes, n° 1.000, em Belém. Mais informações: (91) 4042-2157/ 58 /59.

Texto: Tarcísio Barbosa - Ascom/CIIR