Estado desenvolve ações educativas e preventivas de combate ao fumo
Dia Nacional de Combate ao Fumo, nesta quinta-feira (29), foi criado para conscientizar a população sobre os riscos decorrentes do uso do cigarro
Considerado uma grave ameaça à saúde global, o tabagismo é ponto de alerta do governo do Estado, que desenvolve ações educativas e preventivas permanentes de combate ao fumo, por meio das secretarias de Estado de Justiça (Seju), de Saúde (Sespa) e da Polícia Militar do Pará (PMPA). As três instituições têm projetos e ações específicas, cada uma dentro de sua competência, para fortalecer a conscientização da população sobre os riscos decorrentes do uso do cigarro.
A política de prevenção desenvolvida pela Seju destaca o combate ao cigarro eletrônico, por meio de duas frentes: o Conselho Estadual sobre Drogas (Coned), órgão colegiado que cuida das normativas e fiscalizações de centros terapêuticos e, também, pela Coordenadoria de Prevenção, Tratamento e Redução de Danos de Consumo de Drogas (Cenpren), que realiza ações educativas e qualificações de profissionais da rede municipal. Em 2024, a Cenpren já atendeu mais de 6 mil pessoas em 19 municípios paraenses.
"Realizamos ações por diversos municípios e já identificamos muitos jovens que se tornaram dependentes de nicotina e apresentaram problemas sérios de saúde com o uso dos cigarros eletrônicos, equivalentes a anos seguidos de uso do cigarro convencional. Fazemos ações articuladas de prevenção, por exemplo, no apoio à fiscalização para coibir a venda de cigarro eletrônico, há a Diretoria de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon Pará), além da atuação da Cenpren, que faz parte da secretaria, e do Coned, o qual presidimos”, explica o titular da Seju, Evandro Garla.
O aluno do Ensino Médio da Escola Barão de Tapajós, Pedro Santos, participou, em Santarém, de uma das atividades educativas da Seju sobre prevenção ao fumo. “A palestra sobre os riscos do cigarro eletrônico foi ótima, porque serve tanto para as pessoas que já usam esse cigarro quanto para quem não usa. Vimos que as pessoas de 15 a 20 anos que usam cigarro ou vape têm a textura do pulmão mais ou menos como uma árvore queimada. Entender o estrago que isso faz, nos faz evitar o consumo”, assegura.
Boas decisões - O Programa Educacional de Resistências às Drogas e à Violência (Proerd), ação integrada com base na tríade Polícia Militar, Escola e Família, busca transmitir aos estudantes informações e habilidades para a tomada de boas decisões, livre do uso de drogas, da violência e de outros comportamentos perigosos. Em 2024, apenas durante o primeiro semestre, foram atendidos mais de 10 mil alunos pelo programa.
“O Proerd desenvolve um curso com dez encontros com crianças e adolescentes e o combate ao uso de drogas é uma das temáticas abordadas, sobretudo, com informações relacionadas ao uso do cigarro eletrônico, dando ênfase aos malefícios à saúde. Também abordamos os tipos de usuários, porque existem os ativos, aqueles que efetivamente fazem uso do cigarro, e os usuários passivos, aqueles que sofrem os efeitos da fumaça do cigarro por estarem no mesmo ambiente”, explica a subtenente Margareth Santos, pedagoga do Proerd.
Yago Castro foi um dos alunos da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Tenoné, em Belém, que participou das atividades do Proerd. “Eu tenho um pai que fuma e soube, através dos encontros, como o cigarro faz mal à saúde, especialmente, o cigarro eletrônico. Eu nem chego perto do cigarro, porque eu tenho asma. Jamais quero isso na minha vida e tento alertar meus familiares e amigos também sobre os perigos”, diz.
Orientações - A Coordenação Estadual de Doenças Crônicas Não Transmissíveis da Sespa é responsável por ações de orientação para população acerca dos riscos do tabagismo ativo e passivo, e disponibiliza tratamentos, pelo SUS, para quem quer parar de fumar e, orienta sobre os riscos da utilização dos dispositivos eletrônicos para fumar.