Regional de Marabá orienta sobre amamentação correta em ação educativa
A unidade é referência em obstetrícia de alta complexidade na região de Carajás. Especialista aponta seis mitos e verdades sobre a amamentação
Keila Santos, 35 anos, moradora de Marabá e grávida de 12 semanas, foi encaminhada ao Hospital Regional do Sudeste do Pará Dr. Geraldo Veloso (HRSP) para acompanhamento pré-natal. Nesta quarta-feira, 28, ela participou da ação educativa "Mitos e Verdades na Amamentação", em alusão ao 'Agosto Dourado', mês dedicado ao aleitamento materno.
"Estou vivendo minha primeira gestação e, tinha muitas dúvidas sobre amamentação. Ouvi diversas opiniões e informações, mas após a palestra, me sinto muito mais segura e esclarecida para tomar as melhores decisões para o meu bebê", destacou Keila.
O evento, organizado pelo Serviço de Humanização e pela Comissão de Aleitamento do hospital, foi voltado para as mulheres grávidas que realizam acompanhamento pré-natal na unidade do Governo do Pará. Na oportunidade foram abordadas as principais técnicas de amamentação, orientações sobre nutrição para lactantes, entre outros temas essenciais.
Regina Souza, 28 anos, grávida de 10 semanas, moradora de Marabá, também participou da ação educativa. "Estava com medo de não conseguir amamentar corretamente, por ser mãe de primeira viagem. A palestra foi esclarecedora agora sei que posso contar com o suporte do hospital para dificuldades que venha a ter", declarou a paciente.
Conscientização - Pollyana Lobo, enfermeira coordenadora das Unidades de Terapia Intensiva Neonatal e Pediátrica gerenciada pelo Instituto de Saúde Social e Ambiental da Amazônia (ISSAA) em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), orientou gestantes que realizam pré-natal na unidade sobre principais mitos e verdades no aleitamento materno.
"É crucial que as mães recebam informações corretas para superar as dúvidas e desafios iniciais da amamentação. Acreditamos que um apoio adequado e a desmistificação de conceitos errôneos podem transformar a experiência de amamentar em algo gratificante e benéfico tanto para a mãe quanto para o bebê", concluiu a profissional.
A enfermeira também destacou a importância de criar uma rede de apoio, que inclua familiares, amigos e profissionais de saúde, para garantir que as mães se sintam apoiadas e motivadas durante o período de amamentação. "O suporte contínuo e a orientação adequada são fundamentais para superar os desafios que podem surgir e para assegurar que o aleitamento materno seja uma experiência positiva e bem-sucedida", enfatizou.
Durante a ação educativa, as futuras mamães receberam orientações da nutricionista da instituição Elizângela Carvalho, que repassou dicas valiosas sobre a importância de alimentação equilibrada para a produção de leite materno e para a saúde da mãe e do bebê.
A especialista Pollyana Lobo do Regional de Marabá, apontou seis mitos e verdades sobre a amamentação.
Mitos:
- "Amamentar é doloroso": Embora possa haver algum desconforto inicial, a amamentação não deve ser dolorosa. Problemas persistentes devem ser discutidos com um profissional de saúde.
- "A amamentação só deve ser feita nos primeiros meses": A amamentação é recomendada por pelo menos dois anos ou mais, conforme a orientação da OMS, para garantir o máximo benefício nutricional e emocional.
- "A amamentação não é suficiente para saciar o bebê": O leite materno é completo e atende a todas as necessidades nutricionais do bebê nos primeiros seis meses de vida.
Verdades:
- "A amamentação fortalece o vínculo mãe-filho": O contato físico e a interação durante a amamentação promovem um vínculo emocional forte entre a mãe e o bebê.
- "O leite materno contém anticorpos importantes": O leite materno fornece anticorpos e outras substâncias que ajudam a proteger o bebê contra doenças e infecções.
- "A amamentação ajuda na recuperação pós-parto": Amamentar ajuda o útero a voltar ao tamanho normal mais rapidamente e reduz o risco de hemorragia pós-parto.
Perfil: Os serviços no Hospital Regional do Sudeste do Pará são 100% pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A unidade referência em obstetrícia de alta complexidade na região de Carajás, conta com 135 leitos, sendo 97 de internação clínica, e 38 Unidades de Terapia Intensiva (UTI) - Adulto, Pediátrica e Neonatal.
Texto: ASCOM/ HRSP