Literatura de cordel é destaque na 27ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes na manhã de sábado, 24
A programação no Hangar vai até o domingo, 25, e fica aberto das 9h às 21h
No Dia das Vozes do Escritor Paraense na 27ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes, a literatura de cordel foi destaque durante programação da manhã deste sábado, 24, penúltimo dia do evento. O evento ocorre no Hangar Convenções e Feiras da Amazônia, em Belém, e encerra no domingo, 25.
Na Arena Multivozes, o público pode acompanhar o XII Encontro de Cordelistas da Amazônia, que com o tema “Inserção da Literatura de Cordel na Escola”, cordelistas, poetas e professores falaram sobre a importância dessa literatura. Os palestrantes foram Meca Moreno, Vanilza Maria Ferreira, Vanderlei de Castro e João de Castro. Em seguida, foi realizado o sarau, que teve a participação de Francisco Mendes, Ubiraci Conceição, Heliana Barriga e Aridinei Gaia.
O autor e poeta paraense Antônio Juraci Siqueira, um dos homenageados da Feira do Livro deste ano, fez uma participação na programação sobre o cordel, encantando o público.
“O encontro de hoje tem pessoas que conheço. Aqui no Pará nos temos muito cordelistas. E o Pará é um grande difusor do cordel. E ver que todos estão acompanhando mostra a força do cordel”, afirmou.
Cordelista e pesquisador, o pernambucano Meca Moreno apresentou ao público o que é a literatura de cordel e a importância para a cultura brasileira.
“Você que ainda não escreve cordel, será muito bem-vindo. A poesia é boa de todo jeito. Mas o cordel é de se apaixonar. O cordel é Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil. Há cordelista em todos os estados. A maior maravilha aprender o cordel. Se não fosse o cordel, eu acho que teria muitos problemas. E o cordel é importante dentro das escolas. Os professores conseguem desenvolver com os alunos”, afirmou o cordelista.
Já a Professora de Língua Portuguesa, Vanilza Maria Ferreira contou aos presentes um pouco sobre o trabalho nas escolas realizado no município de Igarapé-Miri, no nordeste paraense, com a literatura de cordel. “Estamos inserindo o cordel na escola. Temos até um grupo. Mas não é só isso. Em Igarapé-Miri tem o Dia Municipal da Literatura de Cordel, que é no mesmo dia do nascimento do poeta Manoel Machado. Espero que possamos expandir a cada dia a literatura de cordel”, comentou durante o bate-papo na Arena Multivozes.
O estudante Victor Silva, de 18 anos, foi visitar a Feira do Livro e parou na Arena Multivozes para conferir a programação.
“Eu não conhecia a história e a importância do cordel. Achei bem interessante e estou curtindo muito a proposta de ser ensinado na escola. A minha mãe é professora e tem me incentivado a buscar certo conhecimento literário”, relata o jovem, que também aproveitou a feira para atualizar a lista de livros. “Eu estava há muito tempo procurando um livro de Allan Poe. Eu sempre fui muito apaixonado pelo suspense e acredito que a feira me ajudou a finalmente achar esse gênero literário.”