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ParáPaz Mulher Belém celebra o Agosto Lilás com ação especial

O evento contou com vários serviços gratuitos oferecidos às participantes, como emissão de RG, encaminhamentos para exames de mamografia e PCCu, corte de cabelo, designer de sobrancelha, maquiagem, entre outros cuidados que promoveram bem-estar e valorização pessoal

Por Nathalia Mota (PARAPAZ)
24/08/2024 13h16

Recentemente, a Unidade ParáPaz Mulher, em Belém, celebrou dez anos de atendimento especializado às mulheres na Região Metropolitana de Belém. A data foi comemorada com uma programação especial em alusão ao Agosto Lilás, mês dedicado à conscientização sobre a violência contra a mulher e à divulgação da Lei Maria da Penha.

O evento, realizado na última sexta-feira, 23, contou com vários serviços gratuitos oferecidos às participantes, como emissão de RG, encaminhamentos para exames de mamografia e PCCu, corte de cabelo, designer de sobrancelha, maquiagem, entre outros cuidados que promoveram bem-estar e valorização pessoal.

Cerca de 45 mulheres participaram da ação, cada uma com uma história de superação. Entre elas, estava E. V. P. C., de 47 anos, empreendedora há três anos no ramo de bazar. E. enfrentou momentos difíceis, especialmente em relação ao seu irmão, que era agressivo quando ainda moravam juntos, hoje, ele é morador de rua. 

"Foi um momento muito difícil, eu estava perdida, mas aqui encontrei a solução para os meus problemas. A psicóloga foi um ponto muito importante na minha recuperação. E, hoje, com atividades como esta, que focam no autocuidado, saio daqui me sentindo mais leve, renovada”, relatou E..

Para ela, participar das atividades da Fundação ParáPaz trouxe não só apoio psicológico, mas também a oportunidade de conhecer outras mulheres e compartilhar experiências. "É muito triste o que muitas dessas mulheres vivem. A violência é real e muitas vezes vem de quem deveria protegê-las, os próprios maridos. Graças a Deus, eu tenho um ótimo marido, estamos juntos há 24 anos e temos uma filha de 18 anos. Mesmo assim, fico perplexa ao ver o que outras mulheres passam. Quando estou aqui, sinto um alívio”, afirmou.

A situação vivida por E., que sofreu violência de seu irmão, configura violência doméstica conforme a Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006). A lei não se limita a relações conjugais, abrangendo também agressões ocorridas no ambiente familiar, como entre irmãos, quando causam sofrimento físico, psicológico ou moral. Embora menos comum, esse tipo de violência também é protegido pela legislação, que visa amparar mulheres em situações de vulnerabilidade, independentemente do agressor.

A coordenadora da unidade e também assistente social, Bruna Castelo Branco, destacou a importância dessas ações: “Quando realizamos atividades como esta, percebemos que as mulheres se sentem valorizadas, ficam felizes, com a autoestima elevada e seus direitos garantidos. O papel social da Fundação ParáPaz sendo efetivado com êxito”.