Agência Pará
pa.gov.br
Ferramenta de pesquisa
ÁREA DE GOVERNO
TAGS
REGIÕES
CONTEÚDO
PERÍODO
De
A
SOLIDARIEDADE

Clubes paraenses se unem em campanha solidária do Hospital Octávio Lobo

Remo e Paysandu convocaram suas torcidas para doarem sangue em prol de pacientes assistidos na instituição; bolsas coletadas beneficiarão até 248 pacientes

Por Governo do Pará (SECOM)
23/08/2024 19h32

Brincadeiras animaram a torcidaTrimestralmente, o Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo (Hoiol), em parceria com a Fundação Centro de Hemoterapia e Hematologia do Pará (Hemopa), promove campanhas de doação de sangue em frente à unidade de saúde, em Belém. Nesta sexta-feira, 23, a 16ª edição do evento trouxe como tema "O Clássico Re-Pa", em alusão às partidas entre os clubes paraenses Remo e Paysandu. E com a participação de integrantes, mascotes e torcedores de ambos os clubes, a ação arrecadou bolsas de sangue que vão beneficiar até 248 pessoas.

Biomédico do Hoiol, Matheus BernardesO tratamento oncológico pode envolver radioterapia, quimioterapia ou cirurgias de alta complexidade, que demandam uma ampla reposição de sangue. Conforme o biomédico da Agência Transfusional do Hoiol, Matheus Bernardes, as sensibilizações diárias são tão importantes quanto as campanhas regulares. "Como o nosso perfil é oncológico, a taxa transfusional é alta, com média de 300 bolsas por mês. Logo, além das campanhas, também fazemos o acolhimento das famílias, ressaltando sempre a importância de sensibilizar a rede de apoio toda, para que, se possível, compareçam ao Hemopa e realizem a sua doação", explicou.

A diretora da Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon), Sara Castro, agradeceu aos doadores e aos apoiadores das ações em prol de pessoas com câncer. "O povo paraense é apaixonado por futebol e é inspirador poder contar com o engajamento de dois grandes clubes na conscientização sobre a doação de sangue, que salva-vidas. Agradecemos aos clubes que vestiram a camisa da solidariedade e se empenharam em levar informação segura e sensibilizaram pessoas para doar", afirmou.

Propósito - Truques de mágica, palhaçaria, apresentações musicais, concursos de mímicas, danças, distribuição de brindes e brincadeiras populares como cabo de guerra animaram as torcidas. Para a assistente social do Hemopa, Betania Mourão, o momento foi de entretenimento e solidariedade àqueles que precisam de suporte hematológico.

"Prestamos o melhor atendimento ao doador, que se disponibiliza e estende os braços para deixar bolsas que salvam vidas. Para atingir as metas, o Oncológico Infantil é bastante participativo e tem como marcas registradas a criatividade e a animação nas suas campanhas, que são muito festivas e que motivam a todos. A competição proposta com a participação dos torcedores dos clubes é respeitosa e saudável, principalmente porque ambos se uniram em uma única torcida: pela vida”, afirmou Betania.

A diretora de responsabilidade social do Paysandu, Simone Ettinger, destacou que o clube possui uma agenda anual de ações sociais e que se "orgulha por apoiar campanhas que salvam vidas". "Hoje é um dia especial para todos nós. Estamos aqui para esse Re-Pa solidário porque acreditamos na campanha e buscamos mobilizar o maior número de pessoas. Nossas redes sociais são aliadas na convocação de torcedores e esperamos que se tornem doadores regulares. Eu já fiz a minha triagem, estou com a minha ficha e vou doar pela primeira vez", afirmou a representante bicolor.

A mesma empolgação foi compartilhada pelo supervisor comercial do Clube do Remo, Rafael Almeida, que participou das brincadeiras e destacou a importância de ações que reforcem o compromisso social do Leão. "O Clube do Remo já participa ativamente de várias ações que ajudam a população. E hoje, em parceria com o Hemopa, com o Hospital Octávio Lobo e com o nosso maior rival, viemos lembrar que muita gente precisa de sangue e que precisamos ajudar, trazer a torcida para participar e doar. Estamos juntos por essas pessoas que precisam", disse.

Além dos representantes dos clubes, participaram da ação: Júlio Mendes e Larissa Leite, Tio Bala, Mágico Dalton, DJ Ruano, e as bandas Lambada Social, Tapiokids e Fafá Maniva e Us Carapanãs.

Há dois meses, Filipe Galvão, de 5 anos, foi diagnosticado com leucemia. Por saber da importância da doação de sangue para o tratamento do filho e de outras crianças, a mãe do menino, a bacharel em letras Clayde Galvão, de 25 anos, decidiu passar pela triagem. “Meu filho já precisou (de sangue) e essa é uma boa oportunidade de doar. É pela vida dele e de outras crianças que também estão lutando”, afirmou ela, que foi considerada apta e efetuou a doação na unidade móvel. 

Kamilly BarbosaQuem também doou na campanha do Oncológico Infantil foi a estudante de enfermagem Kamilly Barbosa, de 21 anos. “Quando o meu irmão tinha três anos, ele precisou de sangue e foi salvo. Hoje, eu doo porque sei que muitas famílias podem estar aflitas esperando a consciência e a boa ação de alguém. Doar me faz bem e saio daqui com o sentimento de dever cumprido”, disse ela enquanto defendia a importância de mais pessoas se tornarem doadoras regulares.

Critérios - Para doar sangue no Brasil, é necessário atender a alguns requisitos estabelecidos pelo Ministério da Saúde (MS), como: ter entre 16 e 69 anos, pesar mais de 50kg e estar bem de saúde, alimentado e hidratado. É obrigatório portar documento de identidade com foto e, em caso de adolescentes de 16 e 17 anos, estar acompanhado de um responsável legal. Doadores que não puderam comparecer à campanha do HOIOL podem ir a qualquer posto de coleta do Hemopa e informar o código do Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo: 1766. Cada doação pode salvar até quatro vidas.

Serviço: O Hoiol é referência na região amazônica no diagnóstico e tratamento especializado do câncer infantojuvenil, na faixa etária entre 0 a 19 anos. A unidade é gerenciada pelo Instituto Diretrizes, sob o contrato de gestão com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), e atende pacientes oriundos dos 144 municípios paraenses e estados vizinhos.

Texto: Ellyson Ramos - Ascom Hoiol