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Hospital Regional do Tapajós faz cirurgia inédita e remove tumor raro do cérebro

Equipe da unidade, em Itaituba, retirou o tumor que pressionava estruturas vitais do cérebro, e era considerado de alta complexidade 

Por Ascom (Ascom)
22/08/2024 09h10

Uma cirurgia considerada extremamente complexa retirou um tumor localizado em uma área de difícil acesso no cérebro de um paciente. O procedimento foi realizado no Hospital Regional do Tapajós (HRT), sudoeste do Pará. O neurocirurgião João Fabrício conduziu a cirurgia com sua equipe, que durou nove horas. Ao final, ele disse que o procedimento havia sido um sucesso. 

Já operado, o paciente Wladilson Correia Marinho, de 54 anos, se disse aliviado. “Fiquei muito preocupado quando soube que teria de passar por uma cirurgia na cabeça. Pensei na minha família, nas pessoas que amo”, afirmou.  

“Mas segui confiante de que tudo iria dar certo e Deus se fez presente pela equipe médica. Estou muito feliz e agradecido”, acrescentou. Wladilson segue internado, em recuperação e segundo observado pela equipe médica do hospital. 

O procedimento envolveu a remoção de um tumor raro localizado na base do crânio. Segundo o neurocirurgião João Fabricio, tumores dessa natureza são operados em poucos hospitais no Brasil devido aos elevados riscos de sequelas graves e até de morte durante a intervenção cirúrgica.  

O tumor pressionava estruturas vitais do cérebro, e era considerado de alta complexidade, pois envolvia uma região delicada por onde passam nervos importantes e grande parte do fluxo sanguíneo que nutre o cérebro.  

 “Mesmo diante de todas as dificuldades, podemos dizer que a cirurgia foi um sucesso, com a retirada completa da lesão. O paciente foi acordado já ao final do procedimento”, afirmou o médico João Fabrício.  

O resultado da cirurgia repercutiu internamente no hospital. O diretor-técnico da unidade, Lucas Vergani, destacou a importância deste procedimento no contexto das neurocirurgias realizadas na região.  

“O hospital tem um histórico importante de neurocirurgias realizadas em pacientes aqui da região. De 2022 para cá, foram 456 procedimentos dessa natureza”, afirmou Lucas. 

“O que chamou a atenção neste caso foi a capacidade técnica que estamos desenvolvendo para enfrentar desafios tão complexos”, acrescentou o diretor-técnico.  

Apenas no primeiro semestre deste ano, a unidade já realizou 2.944 procedimentos cirúrgicos.  A unidade pertence ao governo do Pará, e é gerenciado pelo Instituto Social Mais Saúde. Tem 153 leitos de internação, UTI adulto, pediátrica e neonatal, e atende em 20 especialidades médicas.

Texto de Sammya Ferreira