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Estudantes paraenses conquistam 11 medalhas na Olimpíada de Astronomia

Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica é um evento nacional realizado nas escolas, cadastradas pela Sociedade Astronômica Brasileira

Por Bianca Rodrigues (SEDUC)
20/08/2024 09h33

Nove estudantes da Escola Estadual Dr. Romildo Veloso e Silva, do município de Ourilândia do Norte, no sudeste do Pará, trouxeram para o Pará, 11 medalhas, referentes às suas participações na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) e Mostra Brasileira de Foguetes (Mobfog), parte das medalhas já foram entregues aos estudantes no último dia 15 de agosto, durante a Jornada de Foguetes, no Rio de Janeiro. 

Os medalhistas na prova OBA foram Kauan Aguiar e Jheniffer Vêncio, com medalhas de prata. E Giselly Lopes, Kauanne Silva, João Costa, Ana Moreira, Kallyne dos Santos e Wallyson da Mata, com medalhas de bronze. 

Já os medalhistas na Jornada foram João Vitor dos Santos, Emanuel Oliveira, João Costa, Weverton Santos, Luis Lima e Flávio Araújo, com ouros, e Elson Ferrais, Eduardo Oliveira e Jhenyfer Oliveira, com as premiações de prata.

Na Jornada, os alunos foram divididos em três equipes do Ensino Médio, nível 4, onde disputaram com outros grupos de diversas partes do país. A Jornada de Foguetes representa o ápice da competição nacional de lançamento de foguetes de garrafa PET e proporcionou aos jovens uma oportunidade única de aplicar na prática os conhecimentos adquiridos em sala de aula, estimulando a criatividade, o trabalho em equipe e o interesse pelas áreas de ciência e tecnologia.

Durante a Jornada, os estudantes conquistaram três medalhas, sendo duas de ouro e uma de prata. Para chegar até lá, os participantes precisaram superar diversas etapas, desde a construção dos foguetes até a participação na Mostra Brasileira de Foguetes (MOBFOG), demonstrando suas habilidades em engenharia e aerodinâmica.

“Toda a jornada até lá foi inacreditável, foi uma experiência única e foi simplesmente muito divertido participar de tudo aquilo. Foi bem desafiador e trabalhoso, porque nós não sabíamos de muita coisa. Tínhamos pouca experiência em fazer foguetes, conseguimos fazer alguns ótimos. O foguete da nossa classificação foi razoavelmente longe, pouco mais de 180 metros. E, por mais que eu nunca tenha participado de nenhuma Jornada de Foguetes antes e de nenhum outro, tivemos um ótimo desempenho. Nós conseguimos trabalhar muito bem em equipe e isso fez com que todo mundo tivesse um desempenho esplêndido”, disse Emanuel Oliveira, estudante que ganhou ouro na Jornada. 

Durante os meses de março e abril, foram abertas as inscrições para a Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA). Já no mês de maio, ocorreu a prova escrita da OBA e a MOBFOG. A Mostra é feita de forma interna nas unidades escolares participantes, servindo assim de seletiva para as melhores equipes que conseguiram lançar seus foguetes acima de 100 metros de alcance oblíquo, dessa forma podendo ser convidadas para a Jornada de Foguetes.

No mês de junho, saiu o resultado da prova e da Mostra de Foguetes e neste ano, a Escola Dr. Romildo Veloso e Silva recebeu a qualificação para participar da Jornada de Foguetes, que ocorreu entre os dias 12 e 15 de agosto. Estes alunos foram selecionados por alcançarem distâncias superiores a 130 metros na seletiva MOBFOG realizada na escola. 

Garrafas PET - Os foguetes são todos feitos de garrafa pet, ou seja, materiais recicláveis. São divididos em 5 níveis de complexidade. Sendo o nível 4 para o ensino médio, sua propulsão é feita através da reação química de bicarbonato de sódio e vinagre. 

“Essa Jornada foi muito importante para mim e para meus amigos. Acredito que tanto eu como eles, a gente aprendeu a trabalhar em equipe e conseguimos quebrar metas. Foi muito importante conhecer pessoas novas, conseguir ali estar trazendo o ouro prata para o nosso estado do Pará e para Ourilândia. Foi fundamental também a colaboração dos nossos pais, o apoio dos nossos professores e da escola. Acredito que, se eu tivesse a oportunidade, eu participaria novamente”, disse Jennifer Modesto, estudante que ganhou prata na Jornada. 

Na prova da OBA, os estudantes ganharam duas medalhas de prata e seis de bronze. Encerrando a participação da unidade com 11 medalhas. “Eu acredito muito na educação como agente transformador e faço questão que os alunos percebam que acredito nisso e também acredito neles. As Olimpíadas não apenas ampliam o conhecimento dos estudantes sobre astronomia astronáutica, mas também contribuem para a sua formação como cidadãos conscientes e fomentam interesse nos jovens pela ciência”, afirma Poliana Romualdo, professora de Química na Escola Romildo Veloso. 

Para o estudante João Costa, que conquistou medalhas tanto na OBA, com bronze, como também na Jornada, o ouro, conta que a premiação é um resultado dos seus próprios esforços. 

“O sentimento que abrange é a felicidade, em razão de que é o primeiro ano que faço essa olimpíada, do qual também é o primeiro ano que eu ouço falar dessa olimpíada, e com certeza é de grande satisfação e alegria que eu falo com você que sou medalhista de bronze. Já na Jornada, o meu trabalho na equipe foi auxiliar sobre os foguetes, auxiliar sobre a base dando dicas de como melhorar nosso foguete e afins da base. Então, foi com grande satisfação porque é um resultado dos seus próprios esforços e também um incentivo não só para si, mas também para os colegas já que se você conseguiu consequentemente eles se esforçando e buscando atrás eles também irão”, disse o estudante.