Marco na transição energética, Sistema de Distribuição de Gás Natural é entregue pelo Governo do Pará
Iniciativa reforça compromisso ambiental, expande infraestrutura para reduzir emissões de gases de efeito estufa e amplia o uso da nova fonte de energia
Governador Helder Barbalho, a vice-governadora Hana Ghassan, o diretor-presidente Fernando Flexa Ribeiro e demais autoridades na entrega do Sistema de Distribuição de Gás Natural O Estado do Pará alcançou um marco histórico no processo de transição energética nesta quarta-feira (14), quando o governo do Estado entregou o Sistema de Distribuição de Gás Natural (SDGN), da Companhia de Gás do Pará, no Porto de Vila do Conde, em Barcarena, município da Região de Integração Tocantins.
Governador enfatizou o protagonismo do Pará na busca por desenvolvimento sustentável“Eu acredito profundamente nesse Estado, e que ele caminha a passos largos para consolidar o seu protagonismo, para desenvolver de maneira sustentável a nossa região, para fortalecer as suas vocações, agregando oportunidades que geram emprego e renda, para que o Estado possa se desenvolver”, ressaltou o governador Helder Barbalho.
Em operação desde janeiro deste ano, o Sistema já movimentou mais de 90 milhões de metros cúbicos de gás natural, atendendo inicialmente ao setor industrial. A SDGN tem capacidade para atender diversas indústrias de forma simultânea. No setor termoelétrico, esse atendimento iniciará no segundo semestre de 2025.Companhia de Gás do Pará também vai contemplar a Região Metropolitana de Belém e outros municípios, como Marabá, Juruti e Oriximiná
"Estamos comprometidos em ampliar a distribuição de gás natural, utilizando tanto embarcações quanto caminhões de gás natural liquefeito. Essa expansão visa atender, além da indústria, o consumo no setor automotivo e residencial, reforçando o papel do gás natural como um recurso essencial para a sociedade e impulsionando o desenvolvimento do nosso Estado", disse Fernando Flexa Ribeiro, diretor-presidente da Companhia de Gás do Pará.
Eficiência e segurança - O gás natural é amplamente utilizado no Brasil e em outros países como fonte de energia, tanto para a geração de eletricidade em usinas termoelétricas quanto como combustível na indústria. É uma opção mais eficiente, segura e menos poluente em comparação a outros combustíveis, como o carvão e o óleo combustível. A migração para essa nova matriz energética no Estado está em consonância com a preparação para a 30ª Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre Mudanças Climáticas (COP 30), que será realizada em Belém em 2025.
A Hydro Alunorte é a primeira cliente da Companhia a receber o gás natural, realizando a transição de sua matriz energética e contribuindo para a redução das emissões de gases de efeito estufa.
“Isso mostra que as parcerias entre as instituições públicas e privadas funcionam. Precisamos ter o entendimento do que é a Amazônia, para que possamos todos ajudar no seu desenvolvimento. Gerar emprego e pagar impostos já não é mais o suficiente. O Estado precisa estar na vanguarda. Juntos somos mais fortes”, disse o CEO da Hydro, Anderson Baranov.
A Companhia de Gás do Pará é responsável pela distribuição e movimentação de gás natural com exclusividade no território estadual. O gás chega ao Pará na forma liquefeita, em navios metaneiros, oriundo da empresa norte-americana New Fortress Energy, e é conduzido por gasodutos até a estação de recebimento da Companhia.
Mudanças na matriz - Durante a cerimônia de entrega do Sistema de Distribuição, foram apresentados os contratos já vigentes com as empresas dos setores industrial e termoelétrico que também migrarão para o uso de gás natural. Essa transição representa uma mudança significativa na matriz energética, tanto do polo industrial de Barcarena quanto de todo o Estado.
Além de Barcarena, que já é beneficiada pelo gás natural, outros municípios serão contemplados, como Marabá (no sudeste), Juruti e Oriximiná (no oeste), além da Região Metropolitana de Belém.
Na segunda etapa das operações, o gás natural será direcionado para estações de armazenamento e regaseificação em Belém e outros municípios, onde passará por um processo de conversão do estado líquido para o gasoso. Após convertido, o gás natural será injetado nos gasodutos de distribuição, atendendo aos clientes dos setores industrial, comercial, automotivo e residencial.