Paciente recebe alta humanizada após 50 dias internada no HGT
A equipe assistencial preparou uma despedida emocionante, marcando a conclusão de uma jornada de esperança e superação
O Hospital Geral de Tailândia (HGT) celebrou ontem, 6, um momento especial com a alta hospitalar de Balbina de Oliveira Farias, de 68 anos. Após 50 dias de internação e tratamento, a usuária finalmente pôde retornar ao convívio de seus familiares. A equipe assistencial, comovida pela recuperação da paciente, preparou uma despedida emocionante, marcando a conclusão de uma jornada de esperança e superação.
Moradora da Vila Boa Esperança, km 50, na zona rural do município de Moju, a 131 km de Tailândia, Balbina deu entrada no HGT com histórico de hipertensão arterial sistêmica (HAS) e diabetes mellitus (DM).
Ao chegar no Pronto Atendimento (PA), a paciente foi prontamente atendida e a avaliação da médica nefrologista foi solicitada. A partir dessa avaliação, foi determinada a necessidade de internação na Clínica Médica e iniciado o tratamento com hemodiálise.
Jenifer Ribeiro, enfermeira nefrologista e responsável pela hemodiálise no HGT, explicou a abordagem adotada . “Antes de iniciar o tratamento, conversei com a paciente sobre todo o processo, incluindo o funcionamento do cateter duplo-lúmen (CDL) e outros aspectos importantes. Essa abordagem ajudou a reduzir a ansiedade dela, proporcionando um maior conforto e preparou-a para o procedimento de forma mais tranquila e acolhedora”, concluiu a profissional.
Após 50 dias de internação e 16 sessões de hemodiálise, Balbina, acompanhada de sua filha, Luciene Terra, recebeu alta do hospital. Para comemorar sua recuperação, os profissionais de saúde que a acompanharam formaram um corredor de despedida. Ela foi aplaudida, e o momento foi repleto de emoção, com lágrimas e alegria, celebrando o sucesso do tratamento.
Emocionada, a paciente agradeceu a equipe assistencial pelo tratamento recebido. “Nossas palavras têm poder, e temos que ter pensamento sempre positivo. Eu fui diagnosticada com problema renal, mas hoje esse problema ficou para trás. Quero agradecer primeiramente a Deus. Se não fosse Ele em nossas vidas, não seríamos ninguém, e a todos vocês que me ajudaram. Se não fosse por vocês, como eu iria ficar boa? Agradeço a todos.”
O médico clínico Eduardo Rocha, que acompanhou Balbina na sua internação, destaca que a doença renal crônica é a perda gradual da capacidade dos rins de filtrar o sangue. Segundo o profissional, algumas doenças como diabetes ou hipertensão não controladas podem, ao longo do tempo, causar lesões nos rins, além do uso de certos medicamentos nefrotóxicos por uso prolongado e sem orientação médica.
“Os pacientes com doença renal crônica não costumam apresentar sintomas até que a perda da função renal já esteja avançada. Em estágios iniciais, a condição pode ser detectada através de exames de sangue. Com o avançar da doença, podem aparecer sintomas como sangramento na urina, urina espumosa, dor ao urinar, fraqueza, inchaço, anemia, dentre outros. Em casos bem avançados, é necessária a realização de hemodiálise.”
Ele finaliza dizendo que a doença renal crônica não tem cura, mas possui tratamentos que ajudam a controlar os sintomas e diminuir a velocidade de progressão da mesma.
Durante a internação, além do tratamento clínico, o Grupo de Trabalho de Humanização (GTH), por meio do Prontuário Afetivo, organizou uma tarde especial com café para os familiares de Balbina. Filhos, netos e nora, ansiosos pela recuperação da paciente, participaram do encontro, proporcionando um momento de carinho e confraternização que fortaleceu os laços familiares durante a internação.
Emocionada, Balbina foi recebida no refeitório pelos familiares e pelos profissionais de saúde. Durante o encontro, os netos Luis e Sophia dedicaram uma canção especial para a avó, tornando o momento ainda mais significativo. A celebração foi encerrada com uma confraternização e um lanche.
“Nossa equipe do GTH se dedicou a garantir que a paciente não apenas recebesse o tratamento médico necessário, mas também se sentisse acolhida e apoiada durante toda a sua estadia. Organizar o café com seus familiares e promover esse ambiente de carinho e solidariedade foi essencial para sua recuperação. Ver a felicidade de Balbina e de seus entes queridos é uma recompensa para todos os envolvidos e reflete o compromisso em oferecer um atendimento humanizado e cheio de empatia”, comentou Patricia Manfredi, coordenadora do Grupo de Trabalho de Humanização.
Com 51 leitos, o HGT dispõe de assistência de média complexidade garantida por uma equipe multidisciplinar, nas especialidades de Clínica Médica, Cirurgia Geral, Pediatria, Ginecologia/Obstetrícia, Ortopedia/Traumatologia, Radiologia, Anestesiologia e Cardiologia.
Serviço: O Hospital Geral de Tailândia é um órgão do Governo do Pará, que funciona na Avenida Florianópolis, s/n, no Bairro Novo. Mais informações pelo fone (91) 3752-3121.